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Algodão

Algodão era um gato muito bonito, branco como neve; desses bichanos peludos que encantam as pessoas que amam os animais. Era quase um filhote, adorava brincar sobre o muro ou com a bolinha de fio que Aninha tinha lhe dado.
Num lindo dia de Sol, ele saiu na calçada, lambeu o pelo, espreguiçou-se, e de repente viu algo que o surpreendeu: Um rato, pelo menos parecia um rato branco,bicho esquisito, vou pegá-lo, pensou, assim saiu em disparada atrás do bichinho.Atravessou a rua como um raio, mas o hamster, esse era o tal fugitivo, entrou pela fresta de um portão, onde Algodão não conseguia passar. Enquanto procurava um jeito de seguir atrás do rato sem rabo, ouviu uma algazarra atrás de si, virou-se para olhar e teve uma enorme e desagradável surpresa: eram quatro cães que corriam em sua direção, com os dentes a mostra. O menor vinha à frente e parecia o líder, eles latiam e rosnavam como loucos, Algodão sem pestanejar correu desesperado com os cachorros na sua cola, o sangue parecia ter gelado nas veias e os bichos pareciam cada vez mais perto. Parecia mesmo que não haveria jeito de escapar, foi quando viu uma árvore próxima, ele pulou, se agarrando no tronco e começou a subir,
e foi subindo, subindo, ouvindo o latir dos cães em suas costas. De repente chegando a um galho muito alto, parou, olhou ao redor, só via o céu, olhou para baixo e viu que estava numa enrascada. Alguns meninos do bairro vendo a cena se aproximaram e ficaram apreciando o fato engraçado, para eles, claro.
Aninha estava no quintal, ouvindo a bagunça, foi ao portão e de longe viu aquela bolinha de pêlo branca no alto da árvore e gritou: - Algodão! – e ele miando desesperado, grudado com as unhas e com toda força no alto do galho: - Aninhaaaa!!!...
Os cães rosnavam, latiam freneticamente sob a árvore, ficando em pé no tronco, mas Algodão já nem os ouvia, só ouvia o próprio coração batendo quase fora do peito e gritava: - Socorro!! – e aquele “Miau, miau” seguiu em frente por um tempo, que para ele parecia que nunca ia terminar.
Os cachorros já tinham ido embora e a tarde quase também, os meninos pensaram em todas as possibilidades de tirá-lo de lá, mas parecia impossível. Não havia escada grande o suficiente e a árvore tinha galhos que não davam condição de alguém subir, veio a mãe de Aninha, a menina que a esta altura chorava muito, dizendo: - E agora? Tadinho do Algodão, ele não pode descer, ele vai cair mamãe. E a mãe tentava consolar a menina: - Calma filhinha ele vai descer depois querida. Já se passara uma hora pelo menos e o gatinho continuava lá em cima, até tentara andar sobre o galho, mas não resistiu ao medo de despencar daquela altura, cravou firme as unhas no galho e voltou a berrar. Alguém lembrou de chamar ajuda e quando já escurecia, um carro de bombeiros parou sob a árvore, e uns homens colocaram uma escada enorme que chegava ao galho onde estava. Um sujeito subiu pela escada e foi chegando perto dele, e zás! estava do lado do miau.O bichano miou para o homem: - Miaujude!
O rapaz pegou-o pelo cangote e o suspendeu no ar, ele apavorado, tentava se agarrar mesmo no ar em algo que lhe segurasse, mas o homem rapidamente o pôs num cesto e desceu com ele sob o aplauso das crianças eufóricas. Ao chegar ao solo soltou Algodão nos braços de Aninha que agora chorava de alegria, abraçada pela mãe.
Aquele dia foi inesquecível para ele... será? na manhã seguinte lá estava o gatinho em cima do muro, lavando seus pelos com suas lambidas quando percebeu que aquele bichinho estava lá de novo do outro lado da rua. Carlinhos estava na janela e viu quando passou por ali um ratinho correndo e a bola de pêlo branco velozmente atrás, num pulo da janela, já estava no quintal e saiu portão afora gritando – Algodão! deixa o meu bichinho, volta aqui! - e se perderam de vista virando a esquina. Outro dia na agitada vida de um bichano chamado Algodão.

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sábado, setembro 5, 2009 - 03:05

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