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Almas Nocturnas - Capítulo 2 - Vampiros (1ª parte)
Capítulo 2 – Vampiros
- O Alex está outra vez atrasado. – Comentava Catarina, olhando para o relógio que trazia no pulso.
Carlos espreitou para a rua através dos vidros embaciados da janela e abanou a cabeça. Não se via ninguém na rua.
- Sempre a mesma coisa… – Comentou – Será que voltou a ter pesadelos?
- Sei lá… Mas ele tem andado tão estranho ultimamente. – Respondeu Catarina, levando uma chávena de café à boca.
Os relógios marcavam 9 horas em ponto e os termómetros registavam temperaturas abaixo de zero. Estava a ser um dos meses mais frios do ano.
As ruas encontravam-se praticamente desertas, espelhando bem o espírito daquele dia frio e cinzento.
- Eu não consigo perceber do que é que o Alex tem tanto medo… Afinal ele é um vampiro, um ser imortal.
- Cala-te! – Berrou Carlos, alterado – O que sabes tu sobre vampiros? Tu… que és apenas uma humana vulgar... Tu não sabes nada de nada sobre nós.
Catarina baixou a cabeça, assustada.
Não era fácil lidar com o comportamento impulsivo e quase irracional de Carlos. Ele assustava-a de morte. Era um homem áspero, insensível, frio e bruto.
Alex era mais doce. Era simpático e afável.
Catarina tinha uma paixão louca por ele mas, infelizmente, a mesma nunca lhe tinha sido correspondida.
Talvez por ele ser um vampiro e ter medo de a magoar, ou então, porque não estaria interessado em envolver-se com uma mulher tão insignificante como ela. Uma simples humana, fraca e sensível.
Carlos fitou-a directamente nos olhos e murmurou algo imperceptível por entre os dentes.
Ele parecia algo nervoso e receoso também.
A presença de Catarina não era muito do seu agrado, mas como no fundo, era uma amiga de Alex, ele recebia-a em sua casa como se ela fosse uma da sua espécie.
- Desculpa ter-me exaltado contigo.
O ambiente tinha ficado pesado entre os dois, e ambos se sentiam ligeiramente desconfortáveis.
- Mas… Diz-me lá, Catarina. Que ideia tens nossa? – Perguntou Carlos, amenizando a voz – Que ideia tens dos vampiros? Tens a ideia que somos seres imortais, que não sofrem, que apenas espalham o terror e o caos? Que somos Deuses ou algo do género?
A rapariga continuava a manter uma expressão assustadiça e o seu tom de voz mostrava-se trémulo e inseguro.
- Eu… Eu… Acho que os vampiros são seres que nunca morrem, nem envelhecem…
- Quer dizer… – Interrompeu-a Carlos – És daquelas pessoas que acreditam em tudo o que vêm nos filmes ou lêem nos livros? Que um vampiro é imortal e só morre com uma estaca espetada no coração. É isso?
As suas expressões eram espelhos de ironia, o que assustava ainda mais a pobre rapariga.
Como ela desejava que o Alex aparecesse…
O olhar de Carlos estava a aterrorizá-la. Era hipnotizador e continha algo de maligno. Além de a inquietar, parecia querer apoderar-se da sua alma.
(continua...)
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Comentários
Re: Almas Nocturnas
Agora sim, o conto está a seguir a temática e o conteúdo que deliberei para ele. Espero que gostem. Foi uma mudança radical, mas que as minhas ideias a isso impuseram.
Abraços.
Paulo Gomes