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Apenas num jornal
Era um inverno como um outro qualquer, bastante derretido, ultramente cadavérico. No sossego dos pares havia uma expressão de Rimbaud promíscuo que atravessava ruas e morros até a cruz do monte, no cruzeiro decadente da cidadela esquecida que ocorreu e ainda decorre do resto. Nem dicionários revelam o que ocupa o corpo ou culpa, ou pecado tão indolente, de índole indefinida, talvez um pingo no fim dum livro ao fim duma aventura. Nas estribeiras da idade a fuga de si lembrava atropelados das opacas ramas com vistas planando sobre o jornal, a leitura pede: Diz a Verlaine que Rimbaud o quer mal para o bem de seu ego e eternidade.
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