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Coisas do Amor

Passo devagar pela rua na esperança de encontra-la outra vez. Olhos tristes e semblante preocupado. Mas não foi isso que chamou minha atenção para ela à primeira vez que a vi. Aquele vestido rosa bem curto, mal cobria a bunda daquela menina e o decote deixava os vastos seios à mostra. Exatamente isso me chamou a atenção. Há dias eu não me relacionava com mulher nenhuma. Estava bastante interessado em saber se rolava alguma coisa com ela. Quem sabe? Mas, passei muito rápido por ela e quando percebi a possibilidade de rolar alguma coisa já estava longe. Parei o carro e dei meia volta.

Lá está ela. Meu coração acelera. Isso acontece todas as vezes que vou abordar alguma garota. Sinto um calafrio na espinha, mas prossigo. Ela caminha devagar pela calçada. Quase paro o carro, abaixo o vidro e pergunto se ela quer uma carona. Ela me olha, mas continua andando. Continuo a acompanha-la e pergunto outra vez. Ela então para e me pergunta se eu sei para onde ela está indo. É nesse instante que reparo em seus olhos. Parece estar cansada da vida. São olhos lindos, mas estão tristes. Respondo que se ela me disser eu posso dar-lhe uma carona. Com qual intenção? Ela me pergunta. Com a melhor possível. Respondo e ela sorri.

Ela entra no carro. Para onde vamos? Eu pergunto enquanto olho para seu belo corpo. Sua sensualidade é exposta nas belas pernas que o vestido não consegue cobrir. Seus cabelos são ruivos, pintados decerto, e encaracolados. Sua face carrega uma maquiagem superficial, mas capaz de esconder alguma imperfeição. Me leve para qualquer lugar. Ela diz e me olha com um olhar profundo. Fico excitado, mas me contenho. Essa resposta me deixa confuso. Odeio quando as mulheres fazem isso. Para onde a levo? Vamos para um lugar onde possamos ficar só nos dois. Diz ela me salvando.

Quando avisto a placa do motel ela me olha e com um leve sorriso comenta: E você estava com as melhores intenções, não? Fico desconcertado, mas não altero minha decisão. Chegando lá se ela não quiser nada a gente pode conversar. Penso comigo. Mas ela quer. É uma amante profissional e muito sensual. Faz amor como se há muito tempo esperasse por aquele momento. Eu a amo. Seu cheiro, seus gemidos me cativa. Seduz-me a ponto de esquecer que sou comprometido. Que tenho alguém a me esperar em casa e que deve estar preocupada há essa hora. Mas me perco em meio seus cabelos e seu corpo escultural. Como uma musa divina ela passeia pelo meu peito e suas mãos deslizam no meu coração. Estou perdido.

Acordo em seus braços. Ela ainda dorme. Corpo descoberto. Suas nádegas são como duas maças roliças e cheirosas. Uma visão do paraíso. Perco-me em meus pensamentos e angústias. Quem é ela? O que faço agora? O que falo em casa? Minha cabeça gira, mas não tenho arrependimento. Pelo menos nessa noite fui feliz.

Odair José
Poeta e Escritor Cacerense

http://cinehistoriaojs.blogspot.com

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sexta-feira, janeiro 21, 2011 - 21:01

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