Cosmagonia-2

O tema de deus não é um tema remoto, abstracto ou com pouca importância na vida das pessoas. Pelo contrário, é o núcleo das religiões, especialmente da tradição judaico-cristã, a qual inclui um sistema de doutrinas baseadas em quase todos os ramos filosóficos.

Todas têm os seus santos e sábios, o judaísmo tem Moisés, o Zoroástrico tem Zaratustra, o Budismo tem Buda, o cristianismo tem Jesus, o islamismo tem Maomé, o mormonismo tem J.smith.

Todas afirmam conhecer a verdade absoluta.

A religião teve o desastroso efeito de colocar conceitos vitalmente importantes, tais como a moralidade, felicidade e o amor, em um reino sobrenatural, inacessível ao comum dos mortais, à mente humana e ao seu conhecimento.

A religião não servirá fim algum.

A religião é algo concreto, sustentada em pressupostos falsos (paradoxos).
A existência duma força interior tão misteriosa quanto "génesis", que nos move e faz de nós seres pensantes, sensitivos, à qual eu chamo fé, é minha profissão.

"An ye harm nome,do what ye will"
(faz o que fizeres, desde que não prejudiques ninguém), é o meu princípio.

Acreditar num deus, confesso que é deveres tentadores, sempre poderia dizer que algo foi de sua vontade. Acreditar em mais que um, aumentará as minhas hipóteses de conseguir o meu quinhão no céu? Me desculpem o sarcasmo! mas levar toda a humanidade a agir por um suposto castigo ou prémio, não me parece que seja moral.

Eu acredito no ser humano.

Não precisamos de regras morais para ser ou não boas pessoas.
Nietzsche e Ortega y Gasset não inventaram o Homem perfeito, mas uma alternativa independente da filosofia teosófica, é esse o meu registo.

Abomino de todo, a hipocrisia que em nome de um deus(es),manipula essa força interior em beneficio de um minoria capaz de cometer as mais horrendas atrocidades, injectando ópio em todas as direcções para nos atrofiar a mente.
Esse vício, tão antigo quanto o Homem que temo que já esteja no nosso código genético,é a nossa condenação.