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Diablo- Capitulo 4 (parte 4/4)

A sucessão de horas que iam passando não afectavam minimamente o ar de profunda concentração e alguma ansiedade expresso no habitualmente rosto sereno do Principe Negro.
Não acusava qualquer tipo de cansaço do tempo que até então usara para meditar, alheando-se dos acontecimentos que jorravam em catadupa nos meios de comunicação. Com efeito, se por todo o México, a aparição de um Ser de fogo, motivava os mais diversos comentários e ocupava os mais honrosos espaços noticiários, para ele, naquele pequeno quarto o tempo parara.
É certo que ele viu o Ser que tanto falam e é ainda mais certo que ele fora o alvo da sua meditação, nas horas seguintes aos acontecimentos.
Face é aparição daquele Ser, o Principe viu-se forçado a repensar o seu plano. Quando chegou a Los Caídos, expulso do seu Reino no planeta Imoraland, ele percebeu que na Terra, neste seu novo Planeta, não teria adversários á altura. Não havia anjos guerreiros, nem seres Celestiais capazes de o impedir e pelo inverso, havia sim uma matéria prima intacta, pronta a ser trabalhada e dominada.
Ele ficara fascinado com a quantidade de almas negras que poderiam ser seduzidas para o seu novo Império e rira perante a atitude animalesca de certos Humanos que tentaram irritá-lo no Bar. Na verdade foi aí que veraddeiramente se apercebeu que tinha o dobro da força e ficou até espantado, com o á vontade que dominou aqueles sujeitos.
O plano parecia-lhe perfeito, quando subitamente tudo se alterou. Primeiro , sem saber explicar como, reconheceu a energia de uma guerreira anja....Em pleno Planeta Terra. Pior que tudo, não era habitante daqui, pois reconheceu o brasão da espada, era de Imoraland. Porque carga de água teria ela o seguido?
Talvez fosse coincidência, pensou ele tentanto se acalmar de novo. Talvez, por qualquer motivo ela estivesse cá e não necessariamente por ele. A não ser que a sua presença num novo Planeta trouxesse algum receio ao Reino Sagrado e então eles enviaram uma guerreira para o matar!
Mas como poderiam eles saber o seu Destino, se as Divindades Negras só decidiram no ultimo instante do Julgamento?
-Claro! - Concluiu com um aceno de cabeça.
Ele vira a Guerreira em combate. Não era nenhuma experiente, sendo pelo contrário demasiadamente hábil com a espada e com posições de pés perfeitos, que a mantinham vigilante ao seu redor. Não havia duvida que seria um osso duro de roer e isso assustava-o, pois as guerreiras eram os unicos seres que o podiam matar.
E depois, quando finalmente ela começava a cair, quando finalmente fôra tomada de surpresa pelas balas, surgiu aquilo!
Mediante a lembrança mental do surgimento de Diablo na contenda, a sua expressão de preocupação agravou-se no seu rosto.
Para os Humanos presentes,Diablo era um Ser envolto em chamas, mas para ele, que conhece essa forma de energia, não é fogo algum, mas energia pura. Uma energia incálculavel, uma força que jamais presenciara, mesmo nas Divindades Negras.
Já ouvira falar sobre estes Seres, extintos de Imoraland há séculos atrás. Já ouvira boatos do seu poder galáctico, mas sempre achara que tudo era mito. Nunca calculara verdadeiramente que um Ser pudesse ser receptador de tal poder.
E no entanto ele viu com os seus próprios olhos, um Diablo sobrenatural em pleno México. Como era isso possível?
O terceiro ponto da sua meditação coincidia com o anterior. Dado não ser de todo lógico que tal Ser seja Humano, só restavam duas soluções: Ou tinha vindo com a Guerreira, o que significaria que não só estavam extintos, como haveria outros como ele no Reino Sagrado e seria uma questão de tempo até atacarem o seu Reino Negro, ou os Sagrados descobriram por qualquer razão um desses Seres aqui na Terra.
O principe Negro ergueu-se ignorando o peso das pernas, cujos musculos apresentavam algum "formigueiro" da recente inactividade e passando a mão esquerda pela cabeça, concluiu que independentemente da soluçãodo seu terceiro enigma, ele teria que tentar ser dono de tal poder e incrivelmente isso seria o mais fácil. Teria pois que fazer a unica coisa que estava preparado para fazer. Detectar a energia e ir até ela, reclamá-la para si. Então, ele seria invencivel e depois de conquistar o México, tentaria rumar a Imoraland e tentaria reaver o seu Reino, derrotando os Sagrados de uma vez por todas.

A alguns quilómetros dali, como que ganhando coragem, Sarah empunhou a espada e preparava-se para atacar, quando a voz serena do idoso, advertiu:
-Folgo saber que já tem forças para estar de pé!
-Como sabia que eu...
-Tenho uma audição exemplar, mesmo para a minha idade.
Paquito deu um salto ao a ver surgir do interior do esconderijo temporário, com a espada, pronta a actuar:
-Que fazes, señorita? Somos amigos!
-Pois sim, eu ouvi o que disseram e fiquem a saber que...
Num gesto tão rápido quanto imprevisivel. o Idoso sujeito, deu um salto, desarmando a jovem, dando-lhe um ligeiro encosto para a forças a cair dentro da habitação, perante a estupefacção dos dois.
-Como conseguiu....?
-A idade é apenas aparente! Agora lamento muito, mas uma vez que se encontra recuperada, vou directo ao assunto sem demoras.
-Assunto?
-Sabemos de quase tudo e o que não sabemos, competerá à menina nos esclarecer. Temos que ser rapidos e directos, alinhar agulhas de acção para estarmos preparados.
Antes que Sarah ripostasse, o idoso feiticeiro Maia pegou no medalhão, que permanecia no pescoço de Paquito e explicou:
-Há muitos, muitos anos, perto do sitio onde nos encontramos, aconteceu um episódio surreal.Por um acaso, este medalhão foi encontrado numa gruta, junto com escritos perfeitamente ilegiveis para nós, humanos...
-Escritos?
-Sim. Uma outra folha em Sânscrito acompanhava o achado. Era pedido a quem o encontrasse que o destruisse, pois nele havia sido encerrado a fonte de todo o mal e jamais poderia ver a luz do dia, ou cair em mãos ávidas de poder.
-O meu medalhão?
-Sim Paquito...
-Continue, desculpe!
-A tribo se reuniu e tentou-se que se cumprisse a profecia e que ele fosse guardado ou destruido, no entanto a sede de poder se apoderou de um individuo e inexplicávelmente o medalhão foi activado.
-Não sabia nada disso...
-Ninguem o soube Paquito. Como disse, foi há muito tempo!
-E como acabou?
-Acabou no mar,vitimando um nosso guerreiro, mas a salvo da cobiça Humana. Quanto á tribo, acabou dizimada e começou a fase do declinio do Império Maia. As plantas não cresciam, os ventos e chuvadas arruinavam as plantações, a fome...
Saarah aproximou-se de Paquito e observou atentamente o medalhão, depois ficou pálida e ajoelhou-se incrédula, rezando-
Paquito por seu turno estava perfeitamente perplexo:
-Mas e o resto? - perguntou.
-Ès um Diablo! - afirmou Sarah.
-Ah?
-Há muito tempo no nosso Reino, existiam Seres fenomenais, de energia positiva, que zelavam pelo bem.Até um deles se axar mais superior, mais unico, mais perfeito.Passou a canalizar energia negativa, motivada pela raiva acabando expulso, refugiou-se em Morland, uma zona afastada de camponeses. Com a raiva de ter sido castigado, fundou Imoraland, o reino negro e desde então....
-A guerra não mais terminou!
-Exacto. Como pode uma criança usar este medalhão?
Paquito pareceu ofendido:
-Uma criança que te salvou a vida, si señorita?
-Sim, não estava a criticar...tu transformas-te?
Como um numero de circo Paquito concentrou-se e em breve as chamas de Diablo completavam-no.
-Mas como é possivel?
-O problema é esse Señorita. Por alguma forma que desconheço. paquito e o medalhão fundiram-se num só, e surgiu este Diablo. Contudo alem de inexperiente é forjado na raiva e como tal, absolutamente ncontrolável, mesmo para mim.
Sarah ergueu-se apressadamente:
-Se o principe negro o viu, então....
-Precisamente. - retorquiu o idoso- Temos de nos preparar bem!
Paquito assuniu a sua forma Humana e aspirando o odor dos campos em volta, sorriu pela atenção que havia recolhido.

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sábado, abril 9, 2011 - 00:02

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