EM NOME DO PAI!

 EM NOME DO PAI, DO FILHO E (DO) S ESPIRITO(S)  SANTO(S)!
  Excetuando-se os exageros, em primeiro lugar,  como santos espíritos, temos os nossos políticos, pois, sem eles  o Brasil não caminharia tão maravilhosamente como está!
  Em segundo lugar, em sua mais alta hierarquia, logo abaixo de Jesus Cristo e dos senhores Parlamentares, temos os juízes de Direito, diante dos quais, tudo se prostra. Diante  dos quais, o universo gira, diante dos quais, a sociedade é posta de joelhos!
  Seres sublimes, colocados pela Providência Divina logo abaixo da Criação e acima de todos os seres humanos, para julgar, condenar e determinar o que tem e o que não tem que ser feito.  Com justa razão, usufruem de ENORMES regalias, como por exemplo, alto e polpudo salário, duas férias por ano, ajuda de custo alimentação, diária, etc. etc. Realmente, são seres divinos vivendo entre seres errantes.  São eles os responsáveis pelo encarceramento dos delinqüentes, criminosos, corruptos, etc. obviamente... desde que não tenham bons advogados!
  Assim como os parlamentares, estão acima  do bem e do mal, estão acima da lei!
  Em parte, dá para se entender o comportamento daquele estadista francês, (Robespierre) ,que depois de assumir o poder, e algum tempo depois, sabe-se lá por qual cargas d’água, se auto-nominou semi-deus. Ao ponto de  simular sua descida do céu, perante uma platéia estupefata. O poder  o enebriou.
  Acredito eu, que nos próximos anos, devido ao grande poder sem limites, (Onipotência)  outorgado aos juízes, estes, passarão a julgar, sem necessariamente basearem-se na Constituição Federal, Código Civil ou Código de Defesa do Consumidor, por exemplo, uma vez, que vale mais seu entendimento pessoal que o disposto no Código de Processo Penal!
  Se existe um ou outro, que encara o ser humano, como um ser humano, como um ser pensante, a grande maioria, encara os demais, que não sejam de sua instituição, como meros “acidentes  biológicos, irracionais e sem direito próprio”, que o diga o excelentíssimo  Sr. Dr. Juiz  de Direito da  1ª Vara Cível, do Fórum Regional II – da Freguesia do Ó, que mesmo  após a leitura de petição com (70) setenta páginas, sobre o disparate de um banco (Banco do Brasil), estar confiscando o salário de um infeliz,  sem se ater  aos dispositivos legais, ignorando o que reza a Constituição, mediante opinião PESSOAL sua, estabeleceu  a ratificação do absurdo, acatando todas as circunstancias agravantes da questão.
               Em outras palavras: mais uma vez, um homem,  determinou  a supremacia  do poder do forte contra o fraco, sem cogitar, o que isso acarretaria, além da revolta,  a miséria, a fome, o ódio, a descrença,  o pessimismo, etc.!
  Isso remonta, obviamente, às questões primárias em voga nestas linhas: a Onipotência judiciária,  o descaso de seus componentes com os problemas pessoais e sociais, além de terem uma avaliação muito simplória (para não dizer, sinistra), quanto a avaliar  a situação de um indivíduo como cidadão e como homem e depois emitir um juízo de valor, uma vez que,  inevitavelmente, estão levando somente em  consideração,  por comparação,  sua situação financeira, onde, certamente,  um sujeito que ganha algo em torno de R$ 30.000,00 a R$ 35.000,00, oriundo de uma classe social diferenciada, não tem condições de sentir e nem imaginar o que se passa com o resto da população, razão pela qual, acredito que futuramente, nas escolas de formação de magistrados, deveria constar como prioridade o social e não o capital!
  É evidente,  uma pessoa, que nunca esteve abaixo da linha da pobreza e nunca esteve cara a cara com a linha da miséria, não pode formar um julgamento preciso e claro do que acontece com os seres humanos comuns, sentir o que perpassa em sua alma, a dor que avassala o seu interior, por isso, acreditam os excelentíssimos  senhores juízes, inclusive  no que tange  aos pensamentos, viverem no inconsciente coletivo da humanidade comandando tudo, super-heróis da psicologia, reis da religião, imperadores da filosofia, doutores em todas as áreas, porém... há um equívoco(?!)
  Sim, infelizmente, são seres humanos, nascem de um ventre humano e seus despojos serão depositados (OU CREMAADOS) na  escuridão de uma vala,assim  como todos os outros,  onde a toga e o  canudo, não tem tanta influência. De qualquer maneira, enquanto vida,  vale ainda para alguns deles,  as sábias palavras de  Vitor Hugo, quando disse:  “crer que tudo se sabe é um erro profundo, o próprio horizonte tomar, como os limites do mundo!”