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Encontro com a Solidão
Encontro com a Solidão
A Solidão era um ser desprezível. Seu aspecto era nebuloso e suas asas negras eram imensas e desajeitadas. Sabedora de seu aspecto não muito agradável, esgueirava-se na noite escura a procura de um coração solitário, onde pudesse se abrigar. Surgia sorrateiramente, para que ninguém percebesse a sua presença indesejada e ficava à espreita, na soleira da janela, esperando o momento oportuno para se instalar. Mesmo sendo Solidão, mal suportava a sua própria presença. Sabia que a qualquer momento, um coração distraído abriria a sua janelinha, na esperança de ver o Amor passar e ela então surgiria, disfarçada, usando de toda a sua lábia para conquistar esse coração e fazer ali a sua morada. Não demorou muito tempo e ela viu o Coração aparecer à janela. Aproximou-se devagar, para que o Coração não percebesse o seu disfarce (ela era ardilosa e se transformava rapidamente num ser qualquer, inclusive o Amor) e usando de palavras macias e delicadas, dirigiu-se ao Coração, usando estas palavras:
- Estava a sua espera...
- Quem és tu, perguntou o Coração, estranhando o fato de encontrar alguém ali, naquela hora da noite.
- Sou tudo o que quiseres que eu seja, respondeu a Solidão, usando de toda a sua artimanha.
- És o Amor? Perguntou o Coração.
- Sou mais do que isso. Posso ser a sua companhia sempre que desejar.
- Eu preciso encontrar o Amor. Abro a janela todas as noites, mas não o tenho visto passar.
- Pois então, convide-me a entrar e depois feche a janela. Assim estaremos mais à vontade para conversar.
- Será que posso confiar em você? Perguntou o Coração, um tanto receoso.
- É claro que podes confiar em mim. Eu vim para ficar...
O Coração distraído deixou a Solidão entrar e só depois de muito tempo, percebeu que havia sido enganado. E a Solidão, como prometera, se instalou naquele coração e fez ali a sua morada...
Débora Benvenuti
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