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FELIZ ANIVERSÁRIO, MEU BEM!

1965. De repente, ele, 30 anos, invadia seu mundo de sonhos. Sonhos ainda de menina, 16 anos, sonhos ainda ingênuos. Ele chegava, e, brutalmente, ignorava-os. Sua sede animal era maior que ele! Sua sensibilidade? Não existia... tinha sido enterrada na areia movediça do seu desejo mortal que tudo atropelava. Ela fora atropelada.
Era seu aniversário. Bom pretexto para uma investida mais “profunda”. Champagne e maldade. Seduções, ilusões e um só objetivo.
Ela acreditava que ia comemorar o seu aniversário com o namorado que tanto necessitava ter. Era, enfim, amada! Tal qual suas amigas. Era amada. Por um homem maduro, bem mais velho: a m a d a!
Para isso, sem consciência, submetia-se a “servir” ao seu “amado”, oferecendo-lhe seu corpo e carícias que o satisfaziam, mas que a ela nada diziam. Mas era amada. Era desejada. Tinha o namorado. Que alto preço pagava por isso, sem se dar conta...
Como presente de aniversário, levou-lhe um champagne (dos mais baratos) e sua sempre malícia, motivada pelo desejo animal maior do que ele! Sutileza? Cuidado? Amor? Nem lhe passavam perto... e ela inventava um namorado. Era só do que precisava. Ser igual, ser normal.
Ao iniciar sua esperada comemoração (como em todas as vezes que se encontravam, nem sequer uma conversa para esquentar), não sabia que ele lhe preparara uma surpresa. As carícias se iniciaram e ela, como de costume, frisou que “era virgem” – tinha sonhos de menina: casaria virgem com o príncipe encantado, como suas amigas também o fariam – e que ele não penetrasse nela. Porém, a paciência do cavalheiro se esgotou e, sem dar a menor importância ao que ela lhe acabara de pedir, penetrou-lhe inteiramente, de uma só vez, dizendo-lhe que já não era virgem há muito tempo, deixasse de bobagem!
Era o presente que ele lhe havia reservado: rasgaria-lhe os sonhos de menina-moça, e, brutalmente, a faria “mulher”, só no corpo.
Na alma? Menina... Agora, desiludida, com suas metas utópicas de vida destruídas...
Chorando, chorando muito, ela lhe pediu que fossem embora.
Nem sabia mais onde era a sua casa, para onde se dirigiria,
Perdera a direção de sua vida...

Lila Marques.

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terça-feira, abril 13, 2010 - 00:37

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