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Filosofia sem Mistério - Dicionário Sintéticoio
POLITEÍSMO e PLURALISMO – do Latim “PLURALIS” = diversidade.
Em termos ideológicos significa a convivência tolerante – harmoniosa em alguns casos – de idéias diversas e contrárias dentro de um mesmo grupo, povo ou País. Nesse sentido é que se diz, por exemplo, “Pluralismo democrático”. Esse comportamento ganhou força nos últimos tempos, graças aos avanços nas Comunicações (televisão por satélites, internet, celulares etc.) que permitem censuras imediatas a condutas autoritárias; as quais, ainda que aconteçam, já não dispõem do véu que antes encobria suas ilegalidades, imoralidades e crueldades. Esse avanço tecnológico também criou certo “modismo positivo” ao inculcar nas pessoas noções de tolerância e respeito aos diferentes.
Em termos filosóficos, é a Corrente que prega a existência de múltiplos elementos e/ou múltiplos Seres, cada qual com suas características individuais, as quais podem divergir em aspectos isolados, mas sendo comuns em termos de “Linhas Gerais”. Exemplo claro pode ser visto na Humanidade, onde o Homem branco europeu difere do Homem negro africano no tocante a costumes e Cultura, porém, ambos são iguais na Condição Geral de serem Homens.
Em termos de elementos materiais, físicos, concretos; e em termos de normas, regras, princípios que formaram o Universo, é a pregação que Correntes Filosóficas Pluralistas fazem acerca da existência indispensável de “múltiplos”. Claro que com a eliminação de qualquer possibilidade do “dualismo*” e, também, com a impossibilidade de se minimizar, ou reduzir, a Realidade a um único elemento, ou princípio, como pensavam os filósofos pré-socráticos que buscavam o “Elemento Primordial ou Primeiro”, o chamado Arké, do qual todo resto seria derivado. Impossibilidade, aliás, que é estendida a qualquer quantidade fixa que se presuma como formadora do Universo, da Realidade.
Essa tendência filosófica tem em WILLIAM JAMES (1842/1910, EUA) seu representante mais conhecido, principalmente devido à sua obra “A PLURALISTIC UNIVERSE”, publicado em 1900.
POLITEÍSMO – do grego “POLUS” = numerosos e “THEOS” = deus.
Titulo dado a toda Doutrina Religiosa ou Filosófica que admite e defende a idéia de existirem numerosos deuses, como se vê no hinduísmo, no Paganismo grego (e na sua cópia romana), no animismo etc.
Com a ascensão do Monoteísmo, a partir do Judaísmo e seguido pelo Cristianismo e pelo Islamismo, os termos “Paganismo (vindo do culto ao deus grego chamado Pã)” e “Politeísmo” ganharam conotação pejorativa no Ocidente, onde, geralmente, são vistos como crendices primitivas e supersticiosas. Porém, no Oriente, as Religiões Politeístas prosperam justamente pela oferta de múltiplos deuses, que de certo modo tornam-se mais acessíveis aos devotos (analogamente ao que acontece com os Santos Católicos).
Em algumas dessas tradições religiosas a variedade de deuses é vista de modo hierárquico, onde se tem um “Deus Maior”, auxiliado por “deuses menores, ou regionais, ou locais”. Também aqui pode ser encontrada certa analogia com o Cristianismo que propõe existir a “Santíssima Trindade”, os “Anjos”, os “Arcanjos” e outros seres celestes (sic).
Em outras tradições, ou Religiões, os “deuses” são substituídos pelos “ancestrais”, ou associados às forças da Natureza (o raio, o trovão, o crocodilo rei etc.), ou aos “espíritos” dos elementos da Natureza ou dos antepassados. Nessas crenças nem sempre existe uma hierarquia entre as divindades. Todas cumprem o mesmo papel atribuído a qualquer tipo de Deus, seja no Ocidente ou no Oriente: confortar o Homem, ciente de sua fragilidade e desejoso de se saber participante de algo que o transcende.
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