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Filosofia sem Mistério - Dicionário Sintéticoio
QUIETISMO – do Latim “QUIES” = repouso, tranqüilidade.
Mais do que um conceito Filosófico no sentido rigoroso do termo, o Quietismo é uma Corrente Teológica, ou Religiosa, que prega não só o Silêncio – como o nome sugere – mas a máxima inação possível. Em termos Morais e Religiosos prega a total inatividade como condição indispensável para se atingir o Ideal de “Pura Contemplação” de Deus, dos Santos.
Essa Doutrina Cristã trouxe tal conceito do Hinduísmo (como todos os outros) sua fonte original, onde são célebres os “SADHUS”, ou Homens Santos, e os ‘”FAQUIRES” que se desligam da Realidade física por longos intervalos, graças ao extremado comportamento ascético que adotam nessas ocasiões, recusando até mesmo comidas e bebidas. Segundo eles, o enfraquecimento do Corpo físico abre “janelas” para outras dimensões; ou, segundo os céticos ocidentais, para delírios e alucinações.
O filósofo SCHOPENHAUER (1788/1860, Alemanha) tratou dessa questão com muita propriedade em sua obra “O Mundo como Vontade e Representação”, onde fez uma tradução muito inspirada das UPANISHADS, que são parte das Escrituras Sagradas Hindus, sua fonte primeira.
Historicamente observa-se que tal Doutrina Mística do Cristianismo pregou sua tese de se “abandonar o Mundo” para se atingir um estado de “Amor Puro” e de união da “Alma com Deus” – de Atman com Brahman, no original Hindu – até 1687 quando passou a ser perseguida pela Igreja Católica que, ao cabo, condenou-a sob a acusação de levar os devotos a tal passividade que estes se eximiam de toda responsabilidade pessoal, familiar, cívica e religiosa, com reflexo nos dízimos e nos impostos.
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