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ARISTOTELISMO - Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético

ARISTOTELISMO – sob esse nome abriga-se o conjunto das Doutrinas que derivaram dos ensinamentos de ARISTÓTELES, discípulo de PLATÃO. Dentre outras, as tendên-cias mais conhecidas são: Escola Peripatética, o Aristotelismo árabe dos filósofos AVERRÓIS e de AVICENA e o Cristianismo, mormente aquele praticado durante a Idade Média e certo período do Renascimento. Obvio que esse título também abarca o conjunto dos Pensamentos de ARISTÓTELES, os quais se tornaram correntes na Filosofia Moderna e até na que é feita em nossos dias. Pode-se resumir esse agrupamento de Conceitos do seguinte modo: 1. Ao contrário do Mestre PLATÃO, ARISTÓTELES de-dicava enorme respeito às Coisas Materiais, em seu Estado Natural. Afirmava que em cada Coisa, Pessoa, Animal, Vegetal, estava sua própria “Idéi-a”. Recordemos que para PLATÃO, a “Idéia” (o modelo original do qual as Coisas eram meras có-pias) “ficava em outro lugar”. Para ele inexistia es-se Dualismo (ou duplicidade). “Idéia” e Coisa for-mam um único conjunto. Mal comparando, teremos como “Idéia” o DNA de cada SER. No DNA estão as “instruções” de como aquela Coisa deve ser consti-tuída e formada. De como a Coisa será. E é por Conceitos assim que ARISTÓTELES é visto quase sempre, pelos Intelectuais sérios, como inferior ao seu Mestre, pois ele “esqueceu” de dizer onde ficaria a “Idéia” do DNA primitivo. Todavia, essa discussão sobre sua Sapiência não tem motivos de ser, pois ARISTÓTELES foi, no mínimo, um dos maiores Sábios que o Mundo conheceu, mesmo que para isso só se contabilize seus estudos relativos à matéria, como no ramo da Botânica, Zoologia, Mineralogia etc. Esquecendo-nos, por-tanto, do Juízo de Valor que dele é feito, vemos que embora copiosos e valiosos, seu Saber era voltado quase que exclusivamente para o Físico, o Concreto e desse apego é que surgiu a sua famosa Lógica, pois o Mundo Físico (ou melhor, aquele que pode ser captado pelos Sentidos) só exige para ser desvendado um tipo de Pensamento que obedeça a determinadas regras e seqüências. A rigor, o encadeamento apropriado ou Lógico. Uma sucessão harmônica e crível, por ser demonstrável, de Juízos e Conceitos. O Físico, Perceptível (pelos Sentidos) exige apenas a Razão, ou Raciocínio, para deixar-se desvendar. E sabemos (como KANT nos mostrou) que o Raciocínio depende de três fatores para elucidar qualquer questão: o Tempo, o Espaço e a relação entre Causa e Efeito. Logo, a Lógica é a determinação de que Algo resultou de Alguma Coisa, em certo Momento e em algum Espaço. Isto ordenado, explica-se o Fenômeno (a parte que pode ser percebida pelos Sentidos) de maneira Lógica. 2. Pois bem, ARISTÓTELES, dividiu a Causa que gera um Efeito, em quatro variáveis: Formal, Material, Eficiente e Final e desse modo tornou o estudo da relação de Causa e Efeito mais sistemático e efici-ente. A isso juntou a chamada “Teoria do Movi-mento” que é a transformação da “Potência em Ato”, ou em outros termos, o Potencial de alguma Coisa vir a se Realizar; como, por exemplo: a Se-mente é a “Potência” (tem Potencial para vir a ser) e a Árvore é o “Ato” (o Potencial acionado trans-formou-se em outra Coisa, mais elaborada e com-plexa) 3. Da junção desses Estudos, ARISTÓTELES pretendeu explicar como O Universo existe. Tudo existe porque há um Potencial que uma vez acionado transforma-se em outras Coisas melhores e mais elaboradas. E essa engrenagem gira constante-mente, mas não é Perpétua. Teve um inicio (e terá um fim). Algo ou Alguém acionou o mecanismo pela primeira vez e esse “Primeiro Motor” ou “Ato Puro (que existe sem ter tido a necessidade de ser precedido por qualquer Potencial)” foi tomado pelos filósofos da Escolástica e entronizado como o Deus bíblico. Principalmente São Alberto e São Tomaz de Aquino serviram-se de ARISTÓTELES para tentar “provar racionalmente” que Deus existe; e durante boa parte da Idade Média e épocas que lhes sucederam essa “Racionalidade da Crença” perdurou como um Dogma intocável. E ainda hoje é evocada com certa freqüência. 4. Viu-se acima, que embora dedicasse grande parte de seus esforços ao Estudo do Mundo Físico, A-RISTÓTELES admitia haver Algo ou um SER meta-físico (além da Física, do Concreto). Admitia algu-ma SUBSTÂNCIA ou ESSÊNCIA ou ALMA em tudo e lhe colocava como a base do Conhecimento e da Lógica. 5. Aliás, sobre Lógica (ou modo de Pensar atado à sucessão cronológica dos acontecimentos e à coe-rência entre Causa e Efeito dos mesmos) cumpre ressaltar a imensa importância que ARISTÓTELES lhe dedicou, o que o faz ser visto como o primeiro Erudito que conseguiu efetivamente expor qualquer Conceito de modo organizado e sistemático. Tanto quanto PLATÃO e SOCRATES, ARISTÓTELES é tido como um dos filósofos que deram partida na Filosofia grega e, consequentemente, na Ocidental. Mas tanto quanto seus predecessores, também ele bebeu sofregamente das águas do Hinduísmo e dele trouxe Conceitos e Juízos que embasam seus axiomas até no Aspecto Político, pois enquanto seu Mestre PLATÃO era ostensivamente adepto da Democracia, ARISTÓTELES não teve qualquer dificuldade em se moldar à estrutura Monárquica como forma de Governo, tendo sido o preceptor do jovem ALEXANDRE, MAGNO que o protegeu e lhe bancou os meios necessários para desenvolver seus es-tudos.

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sábado, outubro 17, 2009 - 02:22

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fabiovillela

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Comentários

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Re: Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético

Muito bom!

Parabéns,

Um abraço

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