CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

ESTRUTURALISMO - Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético

ESTRUTURALISMO – pode-se considerar o Estruturalismo como uma das principais Correntes de Pensamento, princi-palmente nas Ciências Humanas, do século XX e do atual. E por sua importância na Filosofia, veremos primeiro o concei-to, ou noção, ou idéia do que é “Estrutura”. Do latim “STRUCTURA”, a palavra significa o conjunto de elementos que formam um “Sistema”, ou um “Todo”. Con-junto que obedece a um ordenamento estipulado para que o próprio Sistema exista de fato; pois sem ordem ou organiza-ção, o agrupamento de elementos resultaria apenas em um Caos sem finalidade. Junto com as regras, normas e especifi-cações fica a idéia de que tal Sistema esteja de acordo com seus Princípios fundamentais básicos (um agrupamento or-ganizado de bananas, não constituirá nunca o Sistema cha-mado de “laranjada”). Portanto, tem-se que “Estrutura” é tudo aquilo, físico ou abstrato, que possibilita a existência de um Sistema efetivo. Será o “esqueleto”, o arcabouço do mesmo. Alguns exemplos simples seguem abaixo: 1. A estrutura da Madeira – é o conjunto de moléculas que agrupadas organizadamente (ou ordenadas) dão o formato, a aparência, a resistência e outros atributos (ou características) que compõem o “Sistema Madei-ra”. 2. A estrutura da Língua Portuguesa – é o conjunto de substantivos, adjetivos, verbos, pontuação, acentua-ção etc. que devidamente organizadas (ou ordenadas) e devidamente utilizadas formam o idioma, através do qual o SER Humano representa ou simboliza as Coisas. Os Eruditos classificam as Estruturas conforme suas nature-zas (o que são, por que são desse modo, etc.) e Campos de Atuação. Veremos a seguir algumas delas: 1. TEÓRICA FORMAL – é a construção (ou formação, ou a maneira de juntar as Coisas, os Elementos etc.) Intelectual que dá forma (cria uma imagem) a um modelo que é usado para estabelecer as relações entre as variáveis (as alternativas que podem ocorrer) abrigadas em um Sistema. A “Estrutura Algébrica” é um exemplo desse Sistema. 2. TEORIA da GESTALT – a Estrutura é a “Forma” com que certos elementos se organizam. Elementos que só adquirem valor, ou sentido, quando fazem parte de um conjunto. Note-se que aqui a Estrutura NÃO fun-ciona como um modelo a ser seguido. Não é um plano que indica onde os Elementos ficarão e nem como se-rão suas relações, comportamentos etc. Ela NÃO an-tecede um Sistema, pois ela é que toma a Forma que o agrupamento de elementos assume e lhe dá. Pode-se citar um exemplo bem simples: três pontos (...) escritos em linha reta são percebidos como “formado-res de uma Reta”. A Estrutura NÃO previu ou deter-minou que os três pontos formassem uma Reta, mas como eles formaram, ela assumiu esse formato. 3. A ESTRUTURA PROFUNDA e a ESTRUTURA SUPERFI-CIAL – é uma tese do Lingüista CHOMKKY (NOAM, 1928, EUA) que afirma ser A “Estrutura Profunda” uma “Realidade Abstrata (existe verdadeiramente, embora não seja material)” e a “Estrutura da Linguagem Subja-cente” a todas as línguas. Em outros termos, a “Estru-tura Profunda”, mesmo não sendo material (nem e consciente), é o MODELO (como as Idéias de Platão) que está “por trás” das várias Linguagens. É quem “estipula” as regras, as normas, os formatos etc. da Linguagem “Universal”, da qual derivam as outras Linguagens “Regionais”; desse modo, tanto o idioma inglês quanto o chinês tem a mesma “Estrutura Pro-funda”, embora sejam diferentes em termos materi-ais. Obviamente que a “Estrutura Superficial” é a que se constitui para formatar as “Linguagens concretas, físicas” e variáveis conforme o lugar e o povo que a possui. No exemplo acima, o inglês e o chinês são du-as “Estruturas Superficiais”. Estrutura, porque cumpre a função de organizar, formatar aquela Língua; e Su-perficial, porque atua somente ao nível do concreto, do físico e para um Idioma em particular; ou seja, há uma Estrutura Superficial para o inglês, outra para o chinês etc. A “Superfície” é o bastante para que uma Língua cumpra sua missão, que é a de representar o objeto com que ela se relaciona. O que une essas duas Estruturas Superficiais citadas no exemplo acima, e mais tantas outras que existam, é o fato do SER Hu-mano ter essa capacidade (ou faculdade) de possuir a “Estrutura Profunda” que lhe permite a Linguagem. Para CHOMSKY e adeptos: “podemos distinguir (isolar, separar, olhar separadamente) a “Estrutura Profunda” e a “Superficial” de uma frase. A “PROFUNDA” é a “Estru-tura Subjacente” que determina (faz com que aconteça) a interpretação semântica; ou seja, a interpretação da relação entre os Signos (ou símbolos, ou palavras etc.). Também é a que permite ou propicia a interpre-tação da Realidade (Real) através dos símbolos (ou signos). Já a “Estrutura SUPERFICIAL” é a organização aparente, visível, perceptível, das unidades (ou palavras, pontuações, acentuações etc.); o que per-mite, ou determina, a interpretação FONETICA; isto é, o entendimento através dos SONS que as palavras simbolizam. Em sua obra “Lingüística Cartesiana”, CHOMSKY afirma que é desnecessário que ambas as Estruturas sejam idênticas. De fato, se cada qual se presta a uma utilidade diferente não há necessidade de serem similares, mas sim de que sejam com-plementares. Na seqüência discorreremos sobre o Estruturalismo como Doutrina: não poderia ser diferente, é claro, que esse modo de pensar considera a noção ou o conceito de Estrutura (o “esqueleto” que dá forma e sentido para tudo) como funda-mental, tanto como “Conceito Teórico”, quanto como “Método de estudo” em diversas Ciências, tais como: Antropologia, Lingüística, Psicologia etc. Como “Conceito Teórico”, conforme já se disse, refere-se às Idéias ou noções que se fazem de “Coisas Abstratas (ou ima-teriais)”, como o idioma, por exemplo. O idioma NÃO é, pois, um simples aglomerado de palavras, mas um conjunto que tem uma Estrutura (um arcabouço) que organiza seus diver-sos itens, ou Elementos, ou Palavras, dando-lhe uma Forma e um Sentido. Em termos de “Método para o Estudo” de áreas e ciências diversas, vê-se que é o estudo, a análise das Estruturas que formatam o Objeto de Estudo (o quê se está estudando). Anali-sando as Estruturas chega-se ao Entendimento mais amplo possível, pois se entende o porquê (o motivo) de tal Coisa, ou Situação ou Estado serem daquela forma e, também, permite prognósticos mais corretos. Tome-se, por exemplo, um caso estudado por uma psicóloga: se ela adentra ao mais intimo do paciente, à Estrutura de suas patologias, com mais acerto e propriedade seguirá o rumo certo para a cura do mesmo. Ou então, um Lingüista que estuda a Estrutura de certa língua e, por isso, saberá com maior exatidão o que a faz ser como é. Em resumo: O Método Estruturalista é aquele que não se limita a estudar a Superfície, mas o que avança até decifrar as Estruturas (ou o esqueleto) do que se está estudando. O Lingüista e criador do “MÉTODO ESTRUTURALISTA DE IN-VESTIGAÇAO CIENTIFICA”, FERDINAND de SAUSSURRE (1857/1913, Suíça) afirmou que observava na Linguagem “a predominância do Sistema sobre os Elementos” e que através da análise dos Elementos e de suas relações é possível compreender a Estrutura do próprio Sistema. A Lingüística, desse modo, teria como Objeto de Estudo (ou o quê se estuda) NÃO só a descrição empírica (que estuda os fenômenos usando os Sentidos: tato, paladar, audição, visão, olfato) do que os Sentidos conseguem captar. Também é seu Objeto de Estudo o “Sis-tema Abstrato (ou seja, que não é material, físico, concreto)” que formulou ou que forma as relações lingüísticas1; ou seja, o Sistema que permite aos Humanos “traduzir” para palavras, o que foi captado pelos Sentidos. E a relação das Palavras com aquilo que representam; isto é, com aqueles Objetos a que se referem. Outro sábio que utilizou o “Método Estruturalista para o Es-tudo, ou Investigação, Cientifica” foi o francês LÉVI STRAUSS (1912/2009), em suas pesquisas sobre Mitos e as Relações de Parentesco nas Sociedades “primitivas”. Para tanto, ele usou as Estruturas Sociais (uma taba indígena no Brasil, ou um Mercado na Índia, por exemplo) e utilizou Estruturas Materiais como Modelos a serem analisados e descritos, pois com isso poder-se-ia estabelecer o significado e o Sentido daquela Cultura. 1.E essa capacidade ou faculdade Humana de falar. A capacidade que seria a mesma para todas as pessoas, malgrado as diferenças culturas e nos idiomas.

Submited by

quinta-feira, janeiro 28, 2010 - 11:55

Prosas :

No votes yet

fabiovillela

imagem de fabiovillela
Offline
Título: Moderador Poesia
Última vez online: há 8 anos 6 semanas
Membro desde: 05/07/2009
Conteúdos:
Pontos: 6158

Comentários

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético

Parabéns pelo belo texto.

Um abraço,
Roberto

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of fabiovillela

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Bruxas 2 2.851 07/14/2009 - 13:56 Português
Poesia/Geral Por quem 1 4.063 07/12/2009 - 20:19 Português
Poesia/Tristeza Outono 2 2.460 07/09/2009 - 18:26 Português
Poesia/Dedicado Isabel 1 4.496 07/08/2009 - 12:08 Português
Poesia/Aforismo "Vivere Est" 2 3.410 07/07/2009 - 17:57 Português
Poesia/Geral Foto 1 3.344 07/04/2009 - 21:41 Português