CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético
HISTORICISMO – FILOSOFIA e HISTÓRIA – o Historicismo é o método filosófico que tenta explicar através das circunstâncias e dos fatos ocorridos, ou pelas transformações nas Estruturas Econômicas e Sociais (Feudalismo, Capitalismo, Industrialismo, Escravagismo etct.) todos os acontecimentos relevantes nos campos da Moral, da Religião, do Direito e em outros aspectos que teriam contribuído para o Progresso da Consciência Humana.
Esse objetivo do Historicismo é especialmente evidente no Campo do Direito, no Campo das Leis. O “Direito” é uma criação coletiva que evolui junto com a Humanidade que o criou e, de certo modo, é o mais fiel espelho do avanço, ou do retrocesso ou do marasmo de uma Sociedade. Porém, tais recuos ou avanços só podem ser compreendidos através de uma perspectiva histórica; ou seja, de uma visão geral de tudo que já ocorreu naquela Sociedade. Exemplo claro disso, é a Escravidão que se tornou ilegal, contrária ao Direito, tão logo a Consciência Humana evoluiu e atentou para a barbaridade do crime que se praticava.
Vê-se, portanto, que o Direito está diretamente relacionado com a evolução da Consciência Ética, mas isso só pode ser observado quando existe um intervalo – um quantum ou uma quantidade – de Tempo entre as duas condições: a anterior e a atual. Estudar o que houve de “recheio” nesse intervalo de Tempo, é uma das atribuições da Filosofia. Todavia, é necessário diferenciar (ou distinguir) o Historicismo Filosófico do Historicismo Epistemológico1 ou Metodológico.
O Filosófico faz da História (ou da existência dos fatos já ocorridos) a base para uma concepção ou noção sobre o Mundo e sobre o Homem, suas crenças, valores, aprimoramentos, desregramentos etc. E usa tal noção ou concepção como instrumento para compreender as Causas, os Motivos, e os Efeitos dos fatos acontecidos. Os chamados “Fenômenos Sociais”.
No caso da Metodologia, não se admite a História como formadora de uma concepção ou de uma idéia sobre o Mundo. Vê-se a História apenas como uma das condições para que a Realidade possa ser compreendida.
A FILOSOFIA DA HISTÓRIA – é a noção de que a seqüência dos acontecimentos ocorridos não aconteceu por “mero acaso”. Que NÃO é um conjunto de fatos acontecidos que foram agrupados aleatoriamente, sem qualquer critério, lógica ou coerência. Ao contrário, é um “Movimento” que tem um rumo, uma direção definida e determinada; e que acontece conforme as “Linhas Mestras” pré determinadas (por Deus?).
O conhecimento correto do Passado, por isso, pode ser insuficiente para que se preveja os acontecimentos futuros com riqueza de detalhes; porém, permite que se saiba do Sentido, ou do rumo, a seguir.
Sob esse ponto de vista, dois filósofos – entre outros - traçaram importantes teses conforme as linhas de seus Sistemas de Pensamento. São eles, Marx e Hegel, como veremos na seqüência:
1. Hegel e o Idealismo Histórico – propunha que a Razão (ou a Consciência) desenvolve-se, realiza-se, através do DEVIR* que gera a seqüência dos fatos. Para ele a História Universal seria a representação, a imagem, do esforço que o “Espírito (a Consciência)” faz, no decorrer do tempo, para compreender o que ele (espírito), efetivamente é.
2. Marx e o Materialismo Histórico – doutrina que Marx criou em conjunto com Engels e que afirmava que as “Forças Materiais (especialmente as Econômicas) dominam e dão formato às “Forças Espirituais (ou intelectuais, como pensamentos, idéias, religiões, artes etc.)”. Ironizaram Hegel ao dizerem que se ele colocara a “História sobre a Cabeça”, eles a repuseram “sob os pés”. Ou seja, o “Espírito” é um simples produto fabricado pela História e NÃO o seu motor, o que a faz acontecer.
Em outros termos, veremos que para Hegel a História é um conjunto de fatos ou acontecimentos que foram produzidos pelo “Espírito” enquanto esse caminhava em busca de sua mais alta realização: o autoconhecimento. Já para Marx e Engels, a História é feita por um grupo de Indivíduos ou por uma Classe que impõe ao restante dos Homens o ônus de seus feitos. São os interesses dessa Classe de Privilegiados que geram os fatos, os acontecimentos; os quais aprisionam, constrangem os demais indivíduos que, ao cabo, tornam-se meros fantoches da História; a qual, por sua vez, é o que modela suas toscas atividades culturais, religiosas, intelectuais etc. É uma análise bem realista, diga-se. Mas seria reconfortante se a dupla de filósofos explicasse o porquê das Coisas serem assim? O porquê de existirem tantos que obedecem a tão poucos?
Se para Marx e Hegel, malgrado suas interpretações serem diferentes, a História poderia ser vista como se fosse “uma linha reta”, orientada, ou seja, tendo um começo definido e um fim provável; para outros Pensadores, como Nietzsche e Platão (este, nitidamente influenciado pela concepção hinduísta do tempo circular) a História poderia ser vista como um Circulo, sem um inicio e sem um fim. Ambos, além de outros que lhes comungava essa idéia, afirmaram que o Tempo, e, por conseguinte a História é Cíclico, o que acarretaria a repetição de todos os acontecimentos, como se fosse um “Carrossel” em que um “cavalinho branco, entre todos os outros que eram amarelos”, após percorrer seu circuito, torna a se manifestar para quem o estiver vendo na ocasião. Grosso modo, essa comparação tenta ilustrar o porquê a tese da repetição de fatos históricos, que são presenciados por homens que vivem em diferentes épocas, não ser compreensível, ou aceitável. Afinal a vida humana é tão breve que não permite assistir “a outra rodada do Carrossel”. Contudo, se o Individuo é finito, a Espécie Humana não é (ou se imagina que demore a ser extinta) e esse fato é que explica para alguns – como Jung, por exemplo – porque o Homem traz alguns conhecimentos desde o útero. Saberes intuitivos que nascem com ele e pelos quais ele consegue, mesmo que de forma borrada, vislumbrar alguns acontecimentos e ter a sensação de já tê-los visto. A isso, Nietzsche chamou de “O Eterno Retorno” e ensejou que Platão dissesse que “Não conhecemos, reconhecemos”.
Mas de qualquer modo que se veja o passar do Tempo, a Filosofia mira especificamente qual o Sentido da História? Qual o seu rumo e/ou o seu Significado? Será que traz em si um aperfeiçoamento Moral, Intelectual; um desenvolvimento na Cultura e na Ética? Ou se ruma para a decadência total? Ou, ainda, descendo um degrau e olhando-se apenas para o aspecto material da vida: caminha-se para a consolidação definitiva do Capitalismo, ou para um ressurgimento do Socialismo? Questões colocadas e que ocupam os pensamentos de todos os que se sabem filósofos no sentido original do termo: “amigo do saber”.
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 5764 leituras
other contents of fabiovillela
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | Fugazes | 0 | 2.171 | 12/30/2013 - 15:02 | Português | |
Poesia/Amor | Sonhos outros | 0 | 1.604 | 12/26/2013 - 15:23 | Português | |
Poesia/Amor | Imperfeitos | 0 | 1.819 | 12/23/2013 - 19:35 | Português | |
Poesia/Amizade | Anunciação | 0 | 3.560 | 12/22/2013 - 14:28 | Português | |
Poesia/Amor | Moça bonita | 0 | 1.261 | 12/21/2013 - 15:24 | Português | |
Poesia/Amor | Silêncios | 0 | 1.995 | 12/15/2013 - 15:37 | Português | |
Poesia/Geral | Tempo | 0 | 2.103 | 12/14/2013 - 13:47 | Português | |
Poesia/Amor | Esperas | 0 | 3.687 | 12/09/2013 - 14:41 | Português | |
Poesia/Amor | Rosas da noite | 0 | 3.267 | 12/06/2013 - 21:32 | Português | |
Poesia/Amor | Meios | 0 | 1.718 | 12/04/2013 - 20:00 | Português | |
Poesia/Amor | Próxima madrugada | 0 | 1.817 | 12/01/2013 - 20:20 | Português | |
Poesia/Amor | Rever | 0 | 2.106 | 11/30/2013 - 12:31 | Português | |
Poesia/Amor | Amores Maduros | 0 | 2.478 | 11/28/2013 - 14:58 | Português | |
Poesia/Geral | A cidade e o feriado | 0 | 3.698 | 11/16/2013 - 23:06 | Português | |
Poesia/Geral | Manchetes | 0 | 2.591 | 11/14/2013 - 15:01 | Português | |
Poesia/Amor | Tanto há | 0 | 1.351 | 11/11/2013 - 21:24 | Português | |
Poesia/Amor | Poderia ter sido | 0 | 2.754 | 11/10/2013 - 14:05 | Português | |
Poesia/Geral | O VOO | 0 | 2.362 | 10/24/2013 - 14:46 | Português | |
Poesia/Desilusão | Desencanto | 0 | 3.045 | 10/19/2013 - 16:56 | Português | |
Poesia/Geral | Cem Vinicius | 0 | 1.262 | 10/09/2013 - 18:40 | Português | |
Poesia/Geral | Novos Anjos | 0 | 1.883 | 10/04/2013 - 15:33 | Português | |
Poesia/Amor | Brasilianas | 0 | 1.809 | 10/03/2013 - 20:40 | Português | |
Poesia/Geral | Triste voo do Condor | 0 | 1.360 | 09/25/2013 - 14:47 | Português | |
Poesia/Amor | Olhos de Mar | 0 | 2.663 | 09/22/2013 - 16:59 | Português | |
Poesia/Geral | Lua Ausente | 0 | 2.336 | 09/18/2013 - 18:59 | Português |
Add comment