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A Irmandade - Parte 4

Assim que entrei na cidade, deparei-me com um enorme aparato, era dia de mercado semanal. Dos dói lados da avenida eram visíveis bancas com os mais diversos produtos, galinhas, porcos, milho, fruta, cereais. Continuei o meu caminho sem preocupações, fazendo um enorme esforço para não embater em ninguém – o que se revelou bastante difícil.
Não consegui evitar! Quando ia a atravessar a estrada, uma carroça carregada de palha seguia a uma velocidade impressionante. Sem me aperceber do perigo, continuei a andar.
-Cuidado! – Gritou alguém na confusão.
Desviei o olhar para confirmar a origem do aviso, e foi ai que dei de caras com a morte, a carruagem estava a menos de cinco metros de mim. Apenas tive tempo de saltar. Mas…È normal um salto deixar-nos presos na copa de uma árvore que tem mais de dez metros de altura?
Foi o que aconteceu, não sei como, mas num instante estava a olhara a morte nos olhos, e no outro estava escondido por entre os ramos de um árvore. Uma coisa também bastante estranha, foi um pássaro extremamente raro por aquelas bandas, o pequeno animal estava pousado no meu braço, olhava para mim com um misto de espanto e alegria.
Abaixo dos meus pés, as pessoas preocupavam-se desnecessariamente.
-O que lhe aconteceu? – Perguntou um rapaz na casa dos dez anos.
Era uma pergunta que eu próprio fazia a mim próprio, como teria eu feito aquilo? Não havia nenhuma explicação plausível para o que acabara de acontecer. Alem do salto, sentia uma dor agonizante nas costas, como se alguma coisa se estivesse a enterrar nelas.
A multidão começava a juntar-se em torno da carruagem que parara subitamente após o suposto embate. Pensei em descer da árvore, e contar a todos o que verdadeiramente acontecera. Mas isso não era uma opção, seria imediatamente acusado de bruxaria e possivelmente condenado a morrer na fogueira.
Enquanto as pessoas discutiam o que me tinha acontecido, eu assistia a tudo do meu esconderijo improvisado. Ia demorar até que todos dispersassem para eu poder voltar a descer. Assim foi, algumas pessoas começaram a abandonar o local, com a ideia de que eu talvez fosse um ladrão e, tivesse usado o pretexto do atropelamento para fugir com o saque. Alguns minutos depois, tudo retomara a normalidade.
Desci da árvore, ainda inseguro se seria seguro. Não houve problemas de maior, apenas algumas crianças que me tinham visto antes do suposto acidente, e que, depois do meu aparecimento insistiam em que o ladrão tinha voltado.
Continuei o meu caminho e cheguei finalmente á secção habitacional da aldeia. Tudo estava calmo, ali não havia Sinai de qualquer alvoroço. As pessoas tratavam dos animais e começavam a preparar o almoço. Já não era propriamente hora para visitar quem quer que fosse, mas já que tinha passado uma manha complicada, ia colher os seus frutos. Nada me podia deixar mais alegre do que ver o rosto de Katherine. Os seus olhos azuis que se perdiam na imensidão do Oceano, o cabelo louro que esvoaçava nos campos de trigo. Perdido nos meus pensamentos continuei a andar sem pensar em nada, alem da minha enamorada.
Sem que desse por isso, lá estava ela. Dentro de casa, fitando-me com os seus olhos claros e meigos. Esboçou um sorriso que me deixou um algo perturbado, parecia forçado, como se alguém a estivesse a ameaçar. Fiz-lhe sinal para que se encontrasse comigo perto do poço. Retribuiu, novamente com um sorriso.

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segunda-feira, janeiro 19, 2009 - 17:03
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Jliceia

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