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MAIS UMA VEZ, PARA INGLÊS VER!

 MAIS UMA VEZ, PARA INGLÊS VER!
  Em outras oportunidades, já escrevi  sobre isso.
  Em algum lugar dos meus arquivos, está lá o significado e o porque do termo, mas, como no Brasil, o tempo passa e as coisas não mudam, me vejo obrigado a rebuscar os resquícios da história, para demonstrar o quanto é falho o sistema penal e etc.
  Quando da promulgação da Lei Áurea, que concedia liberdade  aos escravos e “em  tese”, o fim da escravidão no Brasil, por muitos anos  ainda, ainda que por “debaixo dos panos”, à brasileira, escravocratas ou traficantes de escravos, permaneciam contrabandeando seres humanos, como animais, nos porões dos chamados “navios negreiros”, o que levou ao grande e maravilhoso poeta Castro Alves a editar sua obra: “Navio Negreiro!”, onde em verso, relatava toda a desdita do povo negro aprisionado! 
  Bem, enfim, povos europeus, em particular, os ingleses,  após diversos tratados (nem todos maravilhosos e nem o último, é verdade), em 1890, finalmente foi assinado o ATO GERAL DA CONFERÊNCIA DE BRUXELAS, subscrito por 17 países, onde, “ficaria” proibido a Escravidão, exceto para alguns poucos países onde existiria a escravidão doméstica... etc, o que  já é uma outra história!
  Logicamente, como o Brasil, obviamente, não fazia parte desses países que politicamente, debelavam a escravidão, não aceitando o fato, decidiu continuar a prática, muitas vezes, tentando disfarçar a aparência de seus navios (na verdade, aquelas aratacas de madeira, chamadas caravelas) negreiros, como de transporte comercial, especiarias, etc. para se livrarem da abordagem inglesa em alto mar.
  Em  Joaquim Nabuco (outro defensor disfarçado do fim da escravidão, que nesse caso, mostrou uma posição dúbia), mostra a que ponto chegou o descumprimento do Brasil ao Tratado Internacional.
  Um dos navios negreiros, em fuga, perseguido pelos ingleses, adentrou a costa brasileira, afim de se furtar  a perseguição e “felizmente”, nem assim,  conseguiram escapar. Foram presos e conduzidos a Inglaterra para julgamento.
  Nos dias de hoje, é verdade, seria um incidente internacional, mas, será que o Brasil, teria “cacife” para enfrentar num conflito armado, Inglaterra, Alemanha, e outros adeptos do Tratado?
  Então, para inglês ver,  valia tudo. Para inglês ver o que tinha que ser mostrado, ou seja, por exemplo, um navio abarrotado de escravos, como simples navio mercante!
  Nesses últimos dias, o Brasil e mesmo a impressa internacional, noticiou o julgamento do caso do assassino daquela adolescente, no dia 16  de outubro de 2008, chamada  Eloá.
  Finalmente, após, numerosos dias exaustivos, anunciou-se a pena: 98 anos de reclusão, sem direito a qualquer benefício!
  Com esse anuncio, várias adolescentes inconsequentes, já começaram a chorar, haja vista o assassino  ter-se tornado herói (?!) , e sem sombra de dúvida essas meninas sofrerem de problema de autoafirmação e baixa autoestima (a psicologia até explica: gostam de viver perigosamente, fruto da idade, é verdade, será?) e o mesmo ter começado a receber inúmeras cartas de “amor”, e com certeza, por alguns anos não o poderem ver caminhar pelas ruas, entraram em desespero. Pode?!
  Em suma, tudo é um grande teatro: no Brasil ninguém pode ficar mais que trinta anos preso. A pena do rapaz, de 98 , já cai para 30 anos, abruptamente, sem nenhuma escala matemática explicar. Como já ficou 3 anos e 4 meses no xilindró, menos os 30, mais os benefícios conquistados pelo fato de “trabalhar” ininterruptamente no presídio (conf. Art. 31 da L. E. Penais), onde a cada três dias trabalhados, tem direito a  1 dia de redução na pena,  fora os benefícios que lhe será concedido  ao longo dos anos, etc., antes dos 20 anos de prisão, estará na rua, em pleno vigor, casado e forte, disposto a cometer mais crime, pois, ele sabe tanto quanto nós, que aqui no Brasil, o crime interessa tanto quanto ao criminoso, a mídia e aos advogados, quanto os bons costumes, aos simples cidadãos.
  A primeira vista, parece que a justiça foi feita, mas, a pena, o julgamento, os jurados, defensores, acusados, são só para “inglês ver!”
  Ainda bem, que a mãe da vítima, parece não entender muito essa falsa matemática.  
 

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sexta-feira, fevereiro 24, 2012 - 01:07

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