CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Núria's Ring


Nuria’s ring


Reza a historia ,que no reino de Devon aconteciam estranhos encantos, vivia na floresta de Dartmoor , na mais recôndita clareira ,numa simples cabana, uma feiticeira, Núria ,cujos encantamentos , soprados de ouvido em ouvido eram sobejamente conhecidos , todos os gentios sob o domínio do soberano Conde lord Wellington ,apelavam a Núria para conseguirem sobreviver , O Conde era um homem insolentemente rico e gordo devido aos impostos cobrados aos vilões e gentes do condado.

O medo reinava em Devon, empobrecidos e tristes d’alma solicitavam a Núria , a feiticeira que , com o poder de um único dedo enfeitado com um grande anel de cristalinos diamantes afastasse o triste fadar dos rostos desta pobre gente, quando regressavam às aldeias vinham felizes,traziam sacos com comidas e nas bolsas algumas moedas de ouro,sabiam que não poderiam arrecadar muito ouro e riquezas sob pena de não conseguir regressar à floresta com o coração puro e não poderem mais admirar os encantos feitiçados da liberdade.

A floresta coriscava de brilhos, aos seus olhos encantada,ali pendiam das árvores lianas em ouro,ali havia esmeraldas nos ribeiros,cascatas de prata ,as gotas de água cintilavam de diamantes, topázios e até os céus eram dourados(tal como as cúpulas das igrejas de Lord Wellington), mas só douravam para quem entrava no retiro com o coração aberto e a alma pura, os esbirros do soberano e os cobradores de impostos do reino tinham medo das escuridões,dos sortilégios, das velhas árvores negras e dos personagens sisudos (pensavam eles) que por ele circulavam,não se atrevendo a passar além.

Decidido a pôr fim aos largos sorrisos dos seus súbditos manda o Lord matar a feitiçeira,pede a um grande número de homens que se dirijam à floresta de Dartmoor e cortem o dedo de Núria como prova da sua morte,dará por esse feito uma larga recompensa em terras e castelos de nobres caídos em desgraça,era seu hábito matar todos os que se lhe opunham,até mesmo seus pares.

Assim fizeram os seus homens mais valoroso , apesar de grande parte deles ter desertado antes de entrar na floresta. Depois de assassinarem Núria , cortaram-lhe o dedo mas o anel foi cair numa raiz de Mandrágora.

Ao chegarem ao palácio , Lord Wellington atira desdenhosamente o dedo para o jardim , indo ficar num canteiro de flores, pensou ele ter-se livrado definitivamente da feiticeira.

Ainda hoje, o dedo espetado de Núria ,envolto em belas gotas de orvalho , aponta todos os palácio , de todos os Lordes e corruptos , é uma praga magnífica, existente em todos os belos jardins, de todos os reinos, todas as cúpulas douradas, de todas as igrejas e todos os palácios, construídos com suor e os impostos dos pobres, permanecem apontados por um dedo e hoje, ainda ninguém,sabe ao certo, qual foi o segundo feitiço, que Núria rogou, a todos os déspotas deste mundo.

O anel Ficou na raiz da Madrágora,(daí a semelhança com Núria) e continua , a encantar as florestas ainda não devastadas e urbanizadas, uma vez que,os seus gritos , ao ser arrancada à Terra Mãe , em noite de lua cheia , matam qualquer construtor ou condutor de bulldozer que o intente, apesar de todos estes usarem maléficos negros cães , descendentes dos soldados de Lord Wellington que ousaram entrar nas MINHAS florestas encantadas e... Meus domínios.

 

Transhumante (guardião de paz verde)

 

Jorge Santos (2008)
http://joel-matos.blogspot.com

Submited by

terça-feira, dezembro 21, 2010 - 22:50

Prosas :

No votes yet

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 5 dias 11 horas
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42009

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Ministério da Poesia/Geral Elegia ao silêncio 10 1.195 03/21/2018 - 12:10 Português
Ministério da Poesia/Geral Sempre que desta falo … 10 3.054 03/21/2018 - 12:09 Português
Ministério da Poesia/Geral O desejo que morrerá comigo… 10 760 03/21/2018 - 12:07 Português
Ministério da Poesia/Geral Frágil 10 1.251 03/21/2018 - 12:05 Português
Ministério da Poesia/Geral Na pressa de Chegar 10 1.215 03/21/2018 - 12:03 Português
Ministério da Poesia/Geral Nasci onde as ondas do mar se calam 10 1.449 03/21/2018 - 12:02 Português
Ministério da Poesia/Geral O poço do Oráculo… 10 1.785 03/21/2018 - 12:00 Português
Ministério da Poesia/Geral Pois tudo o que se move é sagrado. 10 1.005 03/21/2018 - 11:58 Português
Ministério da Poesia/Geral Da suavidade. 10 781 03/21/2018 - 11:55 Português
Ministério da Poesia/Geral Ponto sem nó 10 721 03/21/2018 - 11:53 Português
Ministério da Poesia/Geral A confissão 10 1.716 03/21/2018 - 11:51 Português
Ministério da Poesia/Geral Cidade País 10 897 03/21/2018 - 11:50 Português
Ministério da Poesia/Geral Morar em volta de meus passos 10 1.172 03/21/2018 - 11:45 Português
Ministério da Poesia/Geral Governador de mim… 10 931 03/21/2018 - 11:44 Português
Ministério da Poesia/Geral Não é preciso pedir… 10 974 03/21/2018 - 11:42 Português
Ministério da Poesia/Geral Lembrar me veio… 10 726 03/21/2018 - 11:40 Português
Ministério da Poesia/Geral Nada me prende a nada, 10 781 03/21/2018 - 11:38 Português
Ministério da Poesia/Geral Servo Sol… 10 1.467 03/21/2018 - 11:36 Português
Ministério da Poesia/Geral Por amor ao meu país… 10 1.154 03/21/2018 - 11:31 Português
Ministério da Poesia/Geral Cordéis,seis… 10 1.445 03/21/2018 - 11:25 Português
Ministério da Poesia/Geral Porque falo de mim… 10 2.116 03/21/2018 - 11:24 Português
Poesia/Geral Grandes eram os tempos e os céus, gigantes 10 3.683 03/21/2018 - 11:22 Português
Ministério da Poesia/Geral Donde venho 10 3.375 03/21/2018 - 10:30 Português
Ministério da Poesia/Geral Acto supremo 10 780 03/21/2018 - 10:28 Português
Ministério da Poesia/Geral Aos pássaros acresce o voar 10 9.183 03/21/2018 - 10:27 Português