CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
POSEIDON (crônica)
Então, com o passar do tempo, chega a hora de encarar a ansiedade. E ela chega forte. E com ela os distúrbios alimentares, os questionamentos, as críticas realizadas em frente ao espelho. Deus, como eu odiei meu reflexo naqueles dias!
Então você começa a decidir qual pergunta irá responder primeiro: continuo? Paro por aqui? Levanto a cabeça? Entrego os Pontos? Tudo ao mesmo tempo, sem lhe dar sequer a chance de preparar-se.
Nunca desisti de tentar entender. Mas, desisti de procurar respostas em meio a agonia da espera das mensagens que nunca chegaram. Na tristeza daquelas frases curtas e informais, esvaziadas de sentimento. Na impossibilidade.
Então você transforma a espera em munição para a grande arma da vingança. O que era admiração vira ódio. O rancor se transforma no café da manhã. A mágoa lhe visita durante a tarde, enquanto tenta escapar da realidade navegando em algum site sobre viagens. Como se pudesse sumir desse lugar e reaparecer em algum destino turístico bacana.
Você se esquiva. Você não quer encarar. Você não quer procurar. Mas, busca qualquer pista tentando entender porque. E então, como num passe de mágica, você descobre que do outro lado as coisas não estão indo bem. Tudo está desmoronando. E o grande anjo negro da vingança retorna ao ser lar. Satisfeito com o que viu.
E então você segue pela rua. As referências do passado estão ali: cada lugar, o velho muro, o velho apartamento. Mas, as coisas agora são diferentes. Seu passo é mais lento, você respira melhor. Seu peito já não dói e as lágrimas secaram.
As músicas foram esquecidas, as mensagens deletadas e você tem certeza que lá longe o mesmo foi feito com relação a você - só que muito antes. É o primeiro resultado. Mas, algo não está certo. Você está lutando com a sua consciência. Você quer ser lembrado por ser um cara bom. E não um vetor vingativo.
Aí, a sua memória toma as rédeas e lhe mostra aquela velha dor. E você lembra da rejeição. E de todos os detalhes que te deixaram assim. Pronto! Está feito! Está terminado. Pelo menos, assim você tenta acreditar.
Nunca desisti. Mas, cansei de tentar me mostrar como um cara legal. O que era bom em mim, será privilégio de quem merece.
Nunca desisti de você. Mas, agora, não posso desistir de mim.
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1432 leituras
other contents of Daniel Kobra
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Fotos/Espectáculos | AO VIVO, EM ALGUM LUGAR NO MUNDO... | 0 | 1.440 | 08/20/2013 - 18:12 | Português | |
Poesia/Tristeza | O LABIRINTO | 0 | 1.234 | 08/20/2013 - 17:58 | Português | |
Poesia/Paixão | DECLARAÇÃO DE AMOR A UMA MUSA FUGITIVA | 0 | 806 | 08/20/2013 - 17:56 | Português | |
Poesia/Dedicado | DESAMÉRICA (A HISTÓRIA DE MARIA ROSA) | 0 | 918 | 08/20/2013 - 17:48 | Português |
Add comment