Quando Deus Não Tem Poder

Quando Deus Não Tem Poder
TEXTO BASE: Gên 1:26, 27

Introdução: Mas Deus não tem poder?
O Deus que abriu o Mar Vermelho (Êxodo 14);
O Deus que cuidou de uma multidão de 600.000 mil homens, sem contar mulheres e crianças (Êxodo 12:37), durante quarenta anos no deserto (Núm 14:33, 34):
Com uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite (Êxodo 13:21, 22);
Mandando alimento do céu (Êxodo 16) e tirando água das rochas (Êxodo 17);
O Deus que livrou Sadraque, Mesaque e Abdnego da fornalha de fogo ardente do Rei Nabucodonozor (Dan 3);
O Deus que se tornou um de nós e aqui viveu por aproximadamente 33 anos, curando leprosos (Lucas 5), fazendo aleijados andar (Lucas 5), ressuscitando a filha de Jairo (Lucas 8), o filho da viúva de Naim (Lucas 7) e Lázaro (João 11), alimentado uma multidão de 5.000 homens (Lucas 9), fazendo cegos voltarem a enxergar ( Lucas 18 e João 9);
O Deus que venceu a morte ressuscitando e aparecendo por doze vezes em ocasiões e lugares diferentes (pág. 1618 da Bíblia de Estudo Pentecostal).
O Deus que continua operando milagres ainda nos nossos dias...

Mas, há uma situação em que Deus não tem poder! Será qual?

Ele é tão santo, perfeito, bom e justo que nunca pecou, nem pecará. A santidade é uma qualidade central de Deus. Ele não apenas decide o que é certo; ele mesmo é certo! Ele não apenas decide o que é bom; ele mesmo é bom; Ele não apenas decide o que é justo; ele mesmo é justiça.
“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?” (Num 23:19)
“E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende;porquanto não é um homem para que se arrependa.” (I Sam 15:29)

Assim, se Deus estabelece uma lei, Ele é o primeiro a respeitá-la. Conforme vimos no texto base, fomos criados à imagem, conforme a semelhança de Deus. Diferente de todos os outros animais irracionais, assim como Deus somos RACIONAIS, seres pensantes, com livre arbítrio, podendo raciocinar, decidir e escolher. E Deus respeita isso. Se não fosse assim, seríamos fantoches em Suas mãos, sem personalidade e sem liberdade. Aqui, no nosso livre arbítrio, Deus não tem poder, pois Ele respeita nosso direito de decisão, pois foi assim que nos fez e Ele nunca volta atrás sua Palavra, nunca entra em contradição, nunca mente, nunca se arrepende.
Por que poucas pessoas se convertem a Jesus?
Por que não vemos mais tantos milagres do Senhor Jesus?
Por que nossas igrejas estão vazias?
Por que tantas vezes não vemos e não sentimos a glória do Senhor encher nossos corações?

Quando você não medita na Bíblia, Deus não tem poder para lhe obrigar a meditar;
Quando você não ora e não tem comunhão com o Senhor, Ele não tem poder para lhe obrigar a ter comunhão com Ele;
Quando você está vivendo em pecado, Deus não tem poder para lhe obrigar a se arrepender, confessar e abandonar o pecado;
Quando você vem à igreja e fica conversando na hora do culto, Deus não tem poder para lhe fazer calar;
Quando você fica reparando que roupa a irmã fulana está vestindo, Deus não tem poder para lhe mudar tal pensamento;
Quando você fica reparando os erros de português de quem está à frente, Deus não tem poder para lhe fazer parar;
Quando você fala mal de seu irmão, Deus não tem poder para lhe calar;
Quando você não fica em espírito de oração clamando ao Senhor Espírito Santo para que Ele atue e convença o homem do pecado, da justiça e do juízo, Deus não tem poder para lhe obrigar a orar.

Quando alguém perguntava ao Pr Carlos Spurgeon a explicação do poder na sua pregação onde tantas pessoas aceitavam Jesus como Salvador e Senhor, o Príncipe dos Pregadores, também chamado de o Príncipe de Joelhos, apontava para o andar que ficava sob o salão do Metropolitan Tabernacle e dizia: "Na sala que está embaixo, há trezentos crentes que sabem orar. Todas as vezes que prego, eles se reúnem ali para sustentar-me as mãos, orando e suplicando ininterruptamente. Na sala que está sob os nossos pés é que se encontra a explicação do mistério dessas bênçãos”.
O Espírito Santo, assim como o Pai e o Filho, é uma pessoa SANTA, PURA, JUSTA, RETA e por isso não consegue atuar num ambiente onde há desavença, orgulho, lascívia, sensualidade, maledicência, falsidade, mentira, algum pecado oculto. Assim como o pregador, somos também responsáveis pela conversão das pessoas ao ouvirem as boas novas de salvação em Cristo Jesus. Nosso culto começa em casa...

Que o Salmo 139:23, 24 seja nossa oração diária, e que sigamos o exemplo de Spurgeon: obediência, oração e dependência do Espírito Santo, que é o único capaz de convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8), “... não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Zac 04:06)

Autor: Sandro T. Nogueira