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a sabedoria das uvas

A Sabedoria das Uvas

Chegamos ao fim do mapa. Noite fria. Subindo a serra. O sotaque estranho, fincar as guampas no inferno ou ser flor e flor. Um sorriso amarelo. De repente, o gaúcho mudou o disco. Como um conto de fadas, uma cidade com casas de madeira, começa a surgir uma flor rósea ou azulada de tamanho grande em touceiras nos parques e jardins, a beira do lago. A inspiração dos Irmãos Grimm. O friozinho aumenta a cada momento. Esfregamos os olhos, a visão de Gepeto e Pinóquio num relance.
A águia branca, fotogênica defronte à pousada. A lenda polonesa: siga a águia e encontrarás um ninho. Um ninho aconchegante, lareira, tapete de crochê branco, uma casa daquelas histórias da infância.. As mesas de madeira clarinha, toalhas xadrez. Flores espalhadas. Gerânios na varanda. Brancos, vermelhos, cor-de-rosa. A senhora que nos recebe, pele branca e rosada, sorriso largo, coração de ouro. Um cachorrinho desengonçado, com um pulôver azul-hortênsia. Negão abana a cauda, olhos ternos, temos impressão que ele sorrir. Subimos uma pequena escada. As camas arrumadas, abajur, cobertores, calefação. Um perfume no ar, as folhas dos plátanos ainda com orvalho da madrugada. Abrimos à janela,

uma varanda e junto lá está ele abrindo os braços para nós. E algumas folhas começam a outonear. Dormimos o sono dos anjos.
O sol preguiçoso demora a acordar. Lá perto das seis ele aparece bocejando. E brilha como um enfeite. A porta de vidro da varanda toda embaçada. A maçaneta, uma pedra de cristal. O perfume da manhã se espalha. Depois do banho quente, o café, o cheiro invade o quarto. Descemos as escadas. Tudo arrumado, os pães, os queijos, os bolos, geléias, biscoitos de várias formas e tamanhos, nos chamam como música encantada. Terminado o café, o passeio previsto do dia, em outra cidade. Na estrada, a neblina, o sol parece lua. Araucárias e pinheiros. Chegamos a vinícola artesanal, o cheiro do vinho recende. Os barris de carvalho, guardam a bebida dos deuses. Os amantes: Dionísio e Baco.
A produção em detalhe, a degustação preciosa. A rainha das uvas. Numa cor lilás-azulada, resplandece por entre o verde, maná dos céus. Provamos, sem conseguirmos parar. Uva francesa gostou da terra verde-amarela. Terrenos rochosos, sofrimento para florescer e frutificar. Uma rainha, mais que princesa, a majestade das videiras. Descobrimos depois que o espantalho das uvas são as rosas, poesia e beleza.

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domingo, junho 28, 2009 - 12:16

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lygiaboudoux

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