CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Turris Babel
AGORA que me libertei do peso da gravidade, agora que me suspendo novamente pelos cordelinhos dos sonhos, arrisco subir razão e coração ao alto do desejo, ao cume dos projectos.
Já me despeço de príncipes, castelos e feitiços. Digo adeus a amores idílicos, a buscas da companhia perfeita e a grandes feitos cavaleirescos. Já não morro por um ideal? Não sei. Não sei se a mudança é tão extremista na condução da alma pelos campos da nova sementeira… Será a mudança a matar-me? Não, acho que vou deixar um rasto de pequenos seixos para poder voltar atrás, caso o decida.
Então, em que construo meus sonhos? Na razão, pura e dura? Como estás diferente, SER… Reconheces-te?
Ergo-me como uma torre de babel, num espreguiçar que deixa as nuvens pelos tornozelos. Voto minhas preces ao dEUS do concreto e do comum. Quero alcançá-lo, ter a sua experiência, conviver com ele e - se necessário - perecer às suas mãos, para renascer, qual Fénix do regresso ao SER que hoje abandono.
Adeus Roma e romantismo, parto para a Babilónia do pragmatismo… Vou construir a minha torre!
O alicerce cumpre-se e parece forte. Na argamassa do entendimento deposita-se a água da cumplicidade, o cimento da experiência, a areia fina do esclarecimento, numa mescla de sentimentos e realidades.
Cada degrau, cada patamar anuncia-se na progressão do querer. A cada pedra, uma almofada de amparo. É o edifício construído com materiais fortes mas também com carinho.
Aparelho as pedras com alguma insegurança. Não domino ainda a arte de pedreiro nesta nova realidade. Confio manter a estrutura com a intrepidez inicial. Creio manter unos todos os fragmentos que a compõem. E, principalmente, evitar a “confusão de línguas e dialectos” que a venham a minar.
Esta torre não anseia pelo paraíso, procura apenas uma vida acima do nevoeiro da rotina e do aparato comum do ideal social.
E isto não é o que todos nós ambicionamos?
XXIII : VI : MMVI
Andarilhus
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1347 leituras
Add comment
other contents of Andarilhus
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | No Vórtice da Determinação | 1 | 844 | 03/17/2008 - 23:13 | Português | |
Prosas/Outros | Cruz de Ferro | 1 | 1.035 | 03/17/2008 - 13:37 | Português | |
Prosas/Outros | As Mil Idades | 2 | 1.345 | 03/16/2008 - 15:09 | Português | |
Prosas/Outros | O Olhar de dEUS | 1 | 1.052 | 03/13/2008 - 17:31 | Português | |
Poesia/Aforismo | Atrás de Palavras | 1 | 1.131 | 03/13/2008 - 17:19 | Português | |
Prosas/Contos | Fuego | 1 | 2.452 | 03/12/2008 - 01:49 | Português | |
Poesia/Paixão | Omnipresentes | 2 | 1.406 | 03/10/2008 - 01:46 | Português |
Comentários
Re: Turris Babel
Texto bem escrito, boa interpretação das coisas!
:-)
Re: Turris Babel
Texto bem escrito, boa interpretação das coisas!
:-)