CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Um Adeus em Naif
Siga o teu rumo. Compreendo a tua ânsia de seguir as cores e os sons desse outro caminho. Que a outra pessoa que agora caminha consigo a faça feliz. Que lhe dê a paz que eu nos pretendi e a ventura que eu nos quis.
Não guardo mágoas. Apenas uma tristeza imensa ocupa o meu peito. Apenas a tristeza de ver descolorir as tulipas que compramos para que tu colocasses no vaso de Sara.
Talvez eu devesse fingir indiferença. Que pouco me importasse a tua nova vida. Mas a quem eu estaria enganando?
Aqueles que me rodeiam demonstram esperar que eu tenha “um gesto de homem”, como se ao gênero o sofrimento fosse proibido. Demonstram sórdida impaciência enquanto esperam que eu tenha “dignidade”, como se amar fosse indigno. Como se fosse vexatório ter alimentado a esperança de não ser só. Como se fosse lamentável o desejo de cuidar de alguém. De ser cuidado por alguém.
Que esperem...
Nada temas. Apenas por essa carta é que nos comunicaremos pela última vez. Ou melhor, pela penúltima, pois a derradeira se dará em alguns dias quando o menino for levar as tuas coisas que aqui ficaram. Tentei organizá-las, mas não consegui tocá-las.
Peço-te que aguarde alguns dias, pois eu percebo nos olhos dele a dor de ter perdido a única mãe que assim pôde ser chamada. A dor de ver que se desfez a casa que ele imaginou poder chamar de lar. Por favor, tenha só um pouco de paciência, pois eu temo que te ver agora acrescente-lhe mais sofrimento ainda.
Espero e peço a Deus, que com o passar dos dias o seu sofrimento possa diminuir e ele enfrente a separação com a força que tiraremos nem sei de onde.
Siga em paz. Seremos sempre gratos pelos momentos que tu nos destes. Conserve a paz no coração e faça com a tua nova família um lar abençoado com a felicidade dos justos.
Não mais te procuraremos, pois o sonho que sonhamos já foi sonhado e agora só nos resta aguardar que outra luz ilumine essa tenebrosa escuridão em que o nosso Mundo foi mergulhado.
Adeus.
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 4373 leituras
other contents of fabiovillela
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Ghost | 3 | 722 | 08/12/2010 - 17:42 | Português | |
Poesia/Tristeza | Que fosse | 2 | 693 | 08/06/2010 - 15:57 | Português | |
Poesia/Tristeza | Insone | 1 | 1.052 | 08/05/2010 - 21:37 | Português | |
Poesia/Tristeza | Alvo-Branco-Alvo | 1 | 1.391 | 07/31/2010 - 20:45 | Português | |
Poesia/Amor | Lábios | 5 | 532 | 07/31/2010 - 01:00 | Português | |
Poesia/Geral | Prometeu Acorrentado | 2 | 475 | 07/30/2010 - 01:58 | Português | |
Poesia/Tristeza | Nóia Parada | 2 | 662 | 07/27/2010 - 19:06 | Português | |
Poesia/Tristeza | Inocência | 2 | 483 | 07/24/2010 - 18:50 | Português | |
Poesia/Dedicado | À mulher que vende sonho | 1 | 1.039 | 07/23/2010 - 21:07 | Português | |
Poesia/Tristeza | Cenários | 0 | 1.328 | 07/23/2010 - 15:23 | Português | |
Poesia/Tristeza | Agosto | 2 | 1.876 | 07/21/2010 - 06:35 | Português | |
Poesia/Soneto | Brisa | 2 | 984 | 07/14/2010 - 01:45 | Português | |
Prosas/Outros | NIETZSCHE, o Niilismo e a Vontade de Potência | 1 | 789 | 07/11/2010 - 01:31 | Português | |
Poesia/Soneto | Neuro | 0 | 1.021 | 07/08/2010 - 22:52 | Português | |
Poesia/Tristeza | Mago | 2 | 1.426 | 07/06/2010 - 21:49 | Português | |
Poesia/Tristeza | Matéria | 2 | 1.007 | 07/02/2010 - 15:02 | Português | |
Prosas/Outros | VITALISMO, VITAL - BERGSON - Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético | 2 | 1.084 | 06/23/2010 - 20:46 | Português | |
Prosas/Outros | TOTEM, TOTEMISMO - Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético | 1 | 2.144 | 06/17/2010 - 21:42 | Português | |
Prosas/Outros | SOCIOLOGISMO - Filosofia sem Mistério - Dicionário Sintéticoio | 1 | 1.557 | 06/13/2010 - 22:26 | Português | |
Poesia/Amor | Russa Mulher Tatyana | 1 | 1.301 | 06/11/2010 - 21:22 | Português | |
Poesia/Amor | A Mulher Russa | 2 | 1.397 | 06/08/2010 - 00:50 | Português | |
Prosas/Outros | LOGICISMO, LÓGICA E LOGOS - Filosofia sem Mistério - Dicionário Sintéticoio | 1 | 604 | 06/06/2010 - 21:01 | Português | |
Poesia/Fantasia | Vinte doze | 1 | 1.533 | 06/02/2010 - 17:42 | Português | |
Poesia/Fantasia | Estranheza | 0 | 1.923 | 05/29/2010 - 13:38 | Português | |
Poesia/Soneto | Entrudo enfim | 1 | 1.128 | 05/28/2010 - 19:09 | Português |
Add comment