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Um dia terrível

Ontem, foi um dia terrível, que ficará em nossa memórias para sempre. Mãe e pai haviam chamado meus irmãos João, Felipe e eu, Tiago, dizendo que toda a família tinha que conversar seriamente sobre algo. Eu não queria ir porque sei que, quando meus pais querem nos dizer algo, há algo muito errado. Além disso, eu não estava de bom humor porque minha moto tinha quebrado e eu estava sem poder me deslocar pela cidade. Mas não gosto de discutir com meus pais e disse que iria.
Quando fui à sala de estar, ao ver a expressão de meus pais, entendei que eles realmente queriam dizer a verdade a respeito de algo grave. Mãe e pai estavam sentados, João sentara numa poltrona, mas Felipe estava andando em círculos, muito nervoso. Mãe o pediu para se acalmar, mas ele não obedeceu e, quando pai começou a dizer: "Você precisa...", ele o interrompeu brutalmente e gritou: "Eu não acredito que isso aconteceu!"
Neste momento, tinha começado a chover violentamente e Felipe sentou, chorando. Eu não podia acreditar que meu irmão estava chorando, porque Felipe é sempre muito calmo mas, como não sabia o que dizer, decidi apenas olhar e ouvir nossos pais.
Então, mãe falou rápido:
-Seu pai e eu vamos nos divorciar.
João fez duas perguntas:
-Como isso aconteceu, mãe? Por que Felipe está tão alterado?
Ainda chorando, Felipe olhou para pai, muito zangado e disse:
-Você é um mentiroso, um bastardo!
Pai respondeu:
-Você deve me respeitar, rapaz!
Mãe pediu a Felipe para sentar, mas ele respondeu:
-Eu não posso suportar mais isso! Pai tem vivido uma mentira e todos nós temos vivido uma mentira! Eu descobri toda a verdade que esse homem tem escondido de nós!
João e eu não podíamos entender e eu pedi a Felipe para se acalmar:
-Felipe, ele é nosso pai. Você não pode tratá-lo assim.
Felipe me respondeu:
-Eu queria estar morto, depois que descobri, desejei estar morto!
João falou, calmamente:
-Acho que agora entendi. Você tem outra mulher, pai? Pode falar francamente.
Pai não respondeu e mãe permaneceu em silêncio, aparentemente constrangida e Felipe. A chuva tinha se acalmado e Felipe gritou, como um possesso:
-Ele não tem uma mulher! Ele tem um homem! Esse homem tem traído nossa mãe com um homem! E não é o primeiro homem! Ele casou apenas para manter as aparências e uma vida dupla!
Eu senti como se meu joelhos houvessem sido fortemente golpeados, João caiu pesadamente na poltrona e Felipe caiu de joelhos, soluçando. Mãe se ajoelhou e o abraçou. Olhei para meu pai, que também chorava.
A chuva tinha parado e o sol brilhava de novo, mas ninguém mais o percebia. Todos nós estávamos vivendo nossa própria tempestade. Felipe não parava de soluçar, João ainda estava em choque e meu pai me olhava, parecendo um homem destruído.

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quinta-feira, fevereiro 13, 2014 - 12:32

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Atenéia

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