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Da criação

Há quem diga,por medo ou vaidade,que o mundo
fora feito,tal qual como o vejo,dentre dias tediosos
onde deus contemplava um desvão ainda por existir,
destituído de tudo como vemos.
Criara-se,à sua vontade,os rios,os pássaros,
as plantas,o lodaçal,os sentimentos e,o mais incrível,nós,
que fora nos atribuído o nome de gente.
Como se quisesse por em prática um joguete sem graça,
embora passe o tempo,nenhuma,fizera-nos cheios de sensações
e especulativos devido a todo este embuste que é a vida,
o que nos confere,ante a possibilidade de sobreviver
ao convívio com a natureza que nos cerca,um certo grau
de raciocínio e inteligencia,o que nos faz diferentes das
pedras e dos bichos.Das primeiras,porque sentimos
e percebemos a morte de forma viva a sobressaltar-se
sobre a nossa pele,de modo que quando um fiasco
nos corta em qualquer parte do corpo,reagimos de imediato,
pois o fato que ocorre nos lembra dor.Dos sengundos,
não sei por que,talvez por,sendo menos
cognoscíveis que nós,os humanos,não percebam que,
quando se nos lhes aproximamos,é somente por dois motivos,
para lhes fazer o bem,pois somos dados ao afeto
para com os seres,ou o mal,quando precisamos,exercitando
o nosso senso primata da sobrevivencia,comer-lhes
para mantermo-nos vivos.
Muito se diz,não obstante tudo isso,dentro das igrejas,
que no mundo que deus criara não há falhas,mas acredito,
talvez Platão lhe ajudasse,podendo até fazer um melhor,
que houve qualquer erro de cálculo:fizera-se águas mais
profundas que almas;pora-se mais beleza nas plantas
quem em gente;fizera-se cachorros mais amigos que os homens;
dera-se à natureza mais morte que vida.
Não bastasse estes erros,que fizera deus dos homens?
Colocara-lhes,entremenado os seus ombros,uma cabeça
de maneira que nela se fomentasse tantos pensamentos,
se contruísse razões sem razão e laivos risíveis dum suposto ideal...
E por que não fizera,sendo deus tão sapiente,
os homens tão perfeitos quanto são perfeitos os fungos,
sem grandes aspirações ou pensamentos genios,
vivendo na terra não como parte desligada a ela,mas sendo
eles também parte da terra;
sendo assim,não se haveria a miséria nem a guerra
que dizima e cria os povos;os comichões,que dizem de si
a blasfemia de quererem ser reconhecidos por doutos,
mas que,não querendo lhes diminuir a importancia
que de si mesmos levantam,não passam de meros bobocas
cheios de medo da morte e incontentes com a vida,
assim como eu.

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segunda-feira, fevereiro 8, 2010 - 07:12

Ministério da Poesia :

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joaopaulo19

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