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Dor de rapariga

Com gracejo a quentura flanqueia lisas peles
Ademais, ouvi-se o finar lento amargo do guerreiro
Que protege o ferido toque de prazer.

Entre algum silêncio escondido na noite grita um canto

Com quanto e, no entanto
O que soma e pondera são hóstias secas
Esquecidas por línguas úmidas

Um cinto enforca com destreza uma cintura gritante,
O umbigo é a ferida da morte no nascimento

Assim, um sussurro pós e após engasgos perecem
Como corpos nus lançados à fossa,
Aterrissam sobre a lama fria

Tentaram o sacrifício da forca e a navalha da espada
E acometeram apenas uma lasca na unha imunda

E quando o peito murcha feito fruta podre
É possível sentir de o nada um cessar gélido
Na provocação da flâmula perdendo o encanto

Choros escuros atravessam ouvidos no arremesso do coração
Vem logo após um lampejo de fúria contra o medo da perda
Algo corta, algo mata, algo fere

Afundar cada vez mais no lodo verde da mágoa
A aflição berra na soma da batalha aquecida nas veias
Lágrimas cantam em coro e gestos voam livres
Ao ar da leveza obscena estirada à súplica

O implacável empunha seu punhal e lateja firme
Um profícuo poema da alma
De tão puro
De tão silente
Que ao queixo uma mandíbula promíscua
Engrena ácidos movimentos de dor.

Ao rosto uma prece fica a mercê
Na abstinência
Que o valha

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terça-feira, dezembro 15, 2009 - 20:25

Ministério da Poesia :

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Alcantra

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