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Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat

A entrevistada do WAF, do mês de Junho de 2009, é a Sanderscat.

Desde o início do site ela tem sido sempre uma presença constante. Tem sido sempre uma incentivadora. Dando sempre o seu melhor do desenvolvimento de um bom tema.

É também uma escritora que nos é muito querida: No ano passado publicou na corpos editora "Os Grandes Portugueses - os 10 mais"

Prepara-se neste momento para editar o seu 2º livro, com a chancela do WAF, editora "Amores e (de)Sabores".

Adriana: A Catherina Sanders descreve um amor a sua pátria indiscutível nos seus textos. Acha que os poetas mais recentes tendem a “esquecer” o valor da língua e da nossa história?

Sanderscat: Hum... Eu acho que os portugueses em geral se esqueceram da alma de aventureiros e de navegantes que nós temos no nosso sangue.

Fizemos tanto no passado, no tempo dos nossos reis, que parece impossível estarmos em “crise” quase há 8 anos. Só que agora mais agravante, como a nível mundial.

Para notarmos a nossa dimensão e grandeza que éramos, basta olhar para a escolha das 7 maravilhas fora de Portugal. Como podemos fazer tanto, em tantos países?!

Além que são 8 países que falam a língua portuguesa...

E eu acho horrível o que estão a fazer com o acordo ortográfico (A.O.). Acho que estão mesmo a matar o português do Portugal ao tentar implantar o A.O. Cada país tem as suas raízes, as suas diferenças linguísticas. Só digo, que vou lutar sempre contra e continuar a escrever como aprendi.

Indo directamente para a tua pergunta, Adriana.

Os poetas devem saber como se escreve bem o português, para poder depois dar asas à transformação das palavras. E estudar os nossos poetas consagrados, para termos as noções das técnicas. Depois deixar a inspiração trabalhar...

Adriana: Ao acompanhar a evolução da sua escrita, vemos a “Cat” transformar-se numa Leoa. Recentemente os seus poemas têm um tema mais pessoal. Sente que a sua escrita está mais rica em emoções?

Sanderscat: ou uma leoa??? (risos)

Lá por ter o diminutivo de Cat e ser do signo do fogo não quer dizer que seja uma leoa.

Além que Cat, é só o abreviamento do meu nome literário para os amigos. Pois é horrível ver constantemente errarem no meu nome. Paciência, terei que aguentar. (risos)

Adriana, achas mesmo que os meus poemas têm um tema mais pessoal? Não acho, sinceramente.

Talvez, os leitores do WAF e os outros Waffers pensam da mesma forma que tu, porque não vêem uma cronologia dos meus poemas. E eles têm.

O que está a acontecer com a minha escrita é uma evolução do individual para o colectivo, mesmo no campo das emoções.

Quando nasceu o WAF, vocês (leitores) depararam com uma “Cat” já evoluída quase parecida com a actual.

Os últimos poemas parecem mais emotivos, porque fazem parte do meu segundo livro. Onde tem poemas duma “Cat” de 6 anos atrás.

Dessa época para cá, houve desenvolvimento em todos os campos. E um deles que “murchou” foi o romantismo. Algo muito evidente e presente no «Amores e (de) sabores».

Eu sinto que a minha escrita está a melhorar, e quero continuar a fazê-lo, noutros patamares.

Adriana: A Catherina é uma mulher definida e defensora dos seus princípios. Acha que a sua escrita é uma “arma” para poder expressar as suas opiniões?

Sanderscat: Cada vez mais “vinco” o pé no que acredito. Mas abro o sentido de ouvir o oposto, se, mas se respeitarem a minha posição. Posso não concordar com a oposição mas entender.

Todavia a vida traz-nos lições duras, e com elas aprendemos que a vida não é sempre como a imaginamos. E às vezes devemos repensar os princípios que temos.

Hum... A minha escrita como uma “arma”?

Eu detesto mesmo explicar o que escrevo. A minha poesia é para ser sentida, e ter diversas interpretações. Se por acaso, o leitor não alcançar a minha alma com que escrevi o poema, não faz mal. Porque cada poema tem a sua própria alma.

Eu escrevo o que tenho que escrever, se é “arma” ou não... isso ficará entre mim e os deuses. (risos)

Adriana: A Catherina Sanders é o seu pseudônimo. Os motivos para a utilização
dos pseudônimos são muito diferentes hoje do que no passado. Porque
sentiu a necessidade de criar um nome de assinatura diferente do seu
nome próprio?

Sanderscat: Tens razão Adriana, antigamente a necessidade de utilizar pseudônimos
era para não haver problemas. Ainda mais no caso das mulheres, onde
era um absurdo total uma mulher escrever num jornal. Assim, com um
pseudônimo masculino, elas eram levadas a sério sobre os temas que
escreviam.
Já disse anteriormente, porquê senti a necessidade de utilizar um pseudônimo.
Foi mais na óptica de Fernando Pessoa, onde ele com os pseudônimos e
heterônimos, ele podia ser uma outra pessoa. E assim é comigo. A minha
escrita tenta ter de todos os temas, claro que tentando obedecer
certas regras do seu ser. Mas tem a sua própria independência.
É como se a Cat transformou-se numa pessoa, todavia dentro de mim. E
que se exprime através, neste momento, da poesia.
Actualmente me sinto duas pessoas em uma só. (risos) Se por acaso me
chamarem de... ou por Catherina, responderei por mesmo modo.
O importante da Catherina é a sua escrita, e não a sua imagem, passado, nada!

Adriana: Como autora, qual é a sua opinião acerca da divulgação de seus escritos no mundo online?

Sanderscat: O mundo online é outra face do mundo da escrita, evolução da área informática. Mas tinha que haver esse desenvolvimento, porque a escrita/língua não pára nem morre.

Acho óptimo haver a informática para obtermos mais conhecimentos a nível literário. Contudo, deve-se ter cuidado com a escrita que existe.

Eu não sou perfeita, e erro muitas vezes no português. Mas não acho engraçado o uso da escrita dos telemóveis para a prosa dum livro.

Eu já usei alguns termos desses em poesia, mas foi usado com consciência. E sabem bem, que na poesia é permitido tudo. Mas não na prosa.

Sinceramente não gosto de colocar muitos poemas em online, por haver pessoas com falta de escrúpulos e sem respeito nenhum pelos direitos de autor.

Fora disso, é bom sentir a reacção dos leitores aos meus poemas. Apesar de eu ser muito protectora dos meus poemas.

Adriana: Para finalizar a entrevista...

Sanderscat: Para quem é ou quer ser escritor/poeta, deve aprender o ofício, evoluir constantemente. Ter a dignidade de reconhecer que está sempre em desenvolvimento literário e que a pirâmide a subir não tem topo. Só depois de estarmos mortos.

E acredite no seu dom, nas suas capacidades. Nunca, jamais duvide da sua escrita, dos seus projectos de livros. Lute com garra, com a mesma força de viver como a que respira.

Ficha Técnica

Obra Marcante:
A colecção Uma Aventura, os livros da Agatha Christie, poemas de Fernando Pessoa, e os livros de José Rodrigues dos Santos.

Fonte de Inspiração:
Queriam saber, não queriam! (risos)

Filme Preferido:
Hum... há muitos, mas prefiro filmes de karaté.

Canção de Eleição:
Ui... pode ser a Se Quiser da Tânia Mara.

A Imagem que Valeu Mil Palavras:
Três imagens... A fotografia do meu Avô materno, José, que nunca conheci. A penúltima fotografia do meu Pai, onde se vê os meus traços nele. E a fotografia da minha Mãe, que todos vocês conhecem.

Uma palavra para descrever a si:
Peste!!!

O Jantar Perfeito: Já tive inúmeras vezes. O jantar do meu aniversário no restaurante com os meus Pais e meu irmão. Algo irrepetível.

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Comentários

imagem de Zezinho

Re: Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat

Querida que bela entrevista!Me identifiquei com o fato da linguagem,realmente é muito complexa a lingua portuguesa as vezes nos preocupamos mais com a escrita do que com o texto em si percebo muito isso um pecado original!A imaginaçao nao pode trilhar somente voar,sem rumo e sem destino.Tambem adoro filmes de Karate :hammer:
Parabens!!!Toda a sorte e todo o sucessso em sua carreira e nesse eterno aprendizado.Beijos querida 8-)

imagem de sanderscat

Re: Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat P/Z

Olá Zezinho,

Obrigada pelas tuas palavras.
Sinceramente não sei porque se preocupam em dar aos 8 países de língua portuguesa, uma língua mais uniforme.
Apesar de haver diferenças hoje em dia, consegue-se entender.
Cada diferença marca a cultura do país e sua evolução.

Por exemplo, não existe um inglês para todos os países que têm como língua materna. Porquê querem fazer com o português???

O bom da poesia é que se pode voar em qualquer sentido, até trilhar a língua. ;-)

Tentarei cumprir o meu destino......
Bjs

Catherina

imagem de Conchinha

Re: Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat

uma Mulher que mesmo que não use arma (nas palavras), usa certamente alma.
"Peste" revela humildade, porque todos temos os nossos ângulos...
Acrescentaria que reconheço na Sanderscat alguma preocupação com o colectivo, tendo em particular adorado a iniciativa das quadras alusivas aos santos populares.

Uma boa entrevista. Gostei de conhecer mais este bocadinho da nossa Catherine (apesar do que ainda ficou entre ela e os deuses...)

imagem de sanderscat

Re: Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat P/C

Olá Conchinha,

Obrigada pelo carinho das tuas palavras.
Eu não sou perfeita. Sou humana com defeitos e qualidades. E, às vezes, é difícil lidarem com o meu feitio. Mas isso, não deve ser preocupação do leitor, nem a descoberta como sou.
O leitor deve sentir o poema ao ler.... Sentir a alma do próprio poema.

Essa preocupação que referiste, Conchinha, é mais o retorno do carinho que recebi de desconhecidos.
Apesar do mundo da escrita ser também um mundo competitivo, ainda existe bondade e boa vontade.
Eu só quero dar aos outros o que me deram a mim.

Por fim Conchinha, chama-me de Cat por favor!!!!!! É melhor do que catherine. :-(
Bjs ;-)

Cat

imagem de mariamateus

Re: Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat

Fonte de Inspiração:
Queriam saber, não queriam! (risos)

É assim mesmo!!
nem ás paredes confessas :lol:

PARABÉNS SER HUMANO NORMAL! :-)

Abraço!

imagem de sanderscat

Re: Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat P/M

Olá Maria,

Obrigada pelas tuas palavras.
Não posso dizer a minha fonte de inspiração, porque podia dizer a alma com que escrevi os poemas. E o que quero é deixar fluir o poema no sentimento do leitor. Se ele souber a minha inspiração.... perderá a sua interpretação.

Bjs ;-)

Cat

imagem de lobo

Re: Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat P/M

Estava a ler a tua entrevista e há um aspecto que não estou de acordo sobre o nosso espirito aventureiro, pois naquele tempo para uns muita prata e muito ouro, para outros muita miséria, aqueles tempos eram muito duros. Claro que a situação actual é dificil, mas se conhecermos a história verificamos que andaram igreja e nobreza a esbanjar, vivemos do ouro do brasil, não criamos uma estrutura produtiva e depois não tinhamos capacidade de competir com outros paises e assim os ingleses podiam impor regras. e muito haveria para contar, por exemplo nós produzimos determinado minerio é transformado noutro pais e de novo nos é vendido isto se passava com o vinho do porto. O resto da entrevista gostei. Lobo

imagem de sanderscat

Re: Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat P/L

Olá Lobo.

Ainda bem que gostaste da entrevista.
Relativamente à nossa história, nós fizemos coisas boas, mas também más.
Mas hoje em dia, acho que estamos cada vez piores.
Bjs

Catherina

imagem de Henrique

Re: Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat

Parabéns!

Peste!!! Bela metáfora para quem se sente cheia de vida, também assim me identifico...

Gostei de ler a entrevista, nota-se ser uma pessoa justa, uma poetisa que busca a perfeição e a razão da escrita.

Quanto ao acordo ortográfico, concordo "QUE HORROR MESMO"

Deixo aqui a minha homenagem Cat, Já é de há muito que admiro a sua escrita...

Abraço

;-)

imagem de sanderscat

Re: Entrevista ao Waffer do mês de Junho de 2009: Sanderscat P/H

Olá Henrique,

Obrigada pelas tuas palavras.
Ser peste, não é nenhuma metáfora. :-D
É exactamente como me identifico. Pois tenho um feitio complicado. Mas isso não reproduz na minha poesia. :lol:

Henrique, eu sou uma pessoa normal, com qualidades e defeitos. Não te esqueças disso.
Bjs

Cat