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Convidado do mês de Julho de 2011: David Leite

Convidado do mês de Julho de 2011: David Leite
David de Medeiros Leite, nasceu em Mossoró-RN, no Brasil, em 1966.
 
É advogado, administrador de empresas, poeta, escritor e professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN e doutorou-se em Direito Administrativo pela Universidade de Salamanca – USAL.
 
Publicou 6 livros, “Companheiro Góis – Dez Anos de Saudades”, Coleção Mossoroense, 2001;
Os Carmelitas em Mossoró, Coleção Mossoroense, 2002 (em co-autoria com Gildson Souza Bezerra e José Lima Dias Junior);
“Ombudsman Mossoroense”, Sebo Vermelho, 2003;
“Duarte Filho: Exemplo de Dignidade na Vida e na Política”, Sarau das Letras, 2005 (em co-autoria com Lupércio Luiz de Azevedo);
“Incerto Caminhar”, Sarau das Letras, 2009 (Premiado no II Concurso de Poesia em Língua Portuguesa, promovido pela Universidade de Salamanca – USAL e pela Escola Oficial de Idiomas de Salamanca – Espanha).
Escreveu diversas crônicas que foram publicadas na Revista Papangu, no jornal Gazeta do Oeste, na Revista Oeste e na Revista Palumbo.
É um poeta do mundo, de nobre e encantada alma, que hoje vos apresentamos.

1.
Se “A estrada é esta vontade de chegar.../ E é o passo que transforma a todo o instante, /a vida num incerto caminhar" (Do poema “Incerto Caminhar” de David de Medeiros Leite, do livro com o mesmo título),
A poesia é o passo ou o caminho?

R- A poesia é, antes de tudo, vontade de caminhar... Caminhada errante, voo livre. Somente o desassombro do ir e vir dará mote, norte e leitmotiv. Mas, não desprezemos o passo, o levantar de poeira e o rastro que ele provoca. A sonoridade do passo delimita o ritmo da caminhada e molda a poeticidade que ela (caminhada) suscita. E o caminho é o lastro e suporte, oferecendo sendas, veredas e obstáculos que permeiam a tessitura poética.
 
 
2.
Canta Vinicius de Moraes que “Tristeza não tem fim, felicidade sim”.
É este o fado da poesia?

R- Para responder a um poeta, somente buscando outro: Aécio Cândido, em texto para o livro Novenário de Espinhos, de Clauder Arcanjo, diz: “Cabe à poesia, exatamente a ela, com seu jeito de vislumbrar o invisível e de tornar as palavras velhas, extrair das dores a beleza que elas podem ter pra vida”.
 
 
3.
As formas clássicas do poema são amarras que prendem a poesia ou é o experimentalismo que a torna dispersa?
R- Aprecio e entendo que existe espaço para as diversas formas do fazer poético. A beleza do verso será delimitada, creio eu, por outro ângulo: pelo encantamento que a poesia oferece.
 
 
4.
Faz sentido falar de uma literatura brasileira e de uma literatura portuguesa ou apenas de uma literatura lusófona? Na sua perspectiva, que versos as intersectam e que palavras as agregam?
R- Prefiro falar de um (grande) exemplo literário que agrega e suplanta qualquer estorvo, por ventura existente: Fernando Pessoa! E, em outra perspectiva, podemos falar também de significativos instrumentos de motivação nos dias atuais: os prêmios Camões e Portugal-Telecom. Iniciativas assim, direcionam para um caminho que superam barreiras.
 
 
5.
“Sei que há léguas a nos separar/Tanto mar, tanto mar/Sei, também, que é preciso, pá/ Navegar, navegar” (assim canta Chico Buarque).
O acordo ortográfico é “um cheirinho de alecrim”?

R- Estas (duas) terras ainda vão cumprir um ideal: um idioma pejado “com avencas na catinga, alecrins no canavial, licores na moringa”... Que tenha gosto de “um vinho tropical” (risos). Enfim, a língua portuguesa nos irmana.
 
 
6.
Administrador de empresas, Advogado, Poeta, Professor.
A ordem alfabética é em David de Medeiros de Leite a mais correcta?

R- Sinto-me como uma espécie de amálgama das quatro coisas... Sem poder evitar que em alguns momentos surja com mais ênfase um ou outro. No entanto, admito que a produção de cada mister requeira, e reclama, interface com outro, ou seja, o escrito do advogado necessita, por exemplo, de um pouco de suavidade que somente o olhar do poeta proporciona.
 
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Comentários

imagem de Henrique

PARABÉNS

Sem dúvida

uma alma que faz preencher de vida.

Gostei da entrevista,

fiquei a conhecer alguém que nos inspira a luta diária.

Um abraço poético!!!

 

:-)

imagem de Emilia Costa

A entrevista

David, agora que já te li...., pois é a poesia é isto de andar por cá. Então, vamos passando, tricotando o tempo e com ele despertando o dentro e o fora deste nosso existir. Depois, vem a palavra, mãe das nossas escritas e o poema vai acontecendo, de mansinho...

Gostei de te ler! Beijinhos, emília