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Larga-me (Não me segures)

Larga-me, não me segures.
Não me apertes, não me empurres.
Não me digas coisas que não me interessam.
Não me dês escolhas.
Não me ponhas rolhas.
Para não dizer aos que andam
Por aí a viver
Sem conseguirem ver
Tudo aquilo de errado que fazem
Tudo o que não
Fazem, e o que são
Sem sequer o saberem.

Está bem, eu não digo.
Está bem, eu não vivo.
Vou-me esconder atrás de ti.
Vou-me colocar debaixo de ti.
Vou partir do princípio que tu
Sabes de certeza
Aquilo que interessa
E que é importante.

Mas não, não quero.
Eu estava bem sozinho.
Ninguém mandava em mim,
Só a mim eu prestava contas.
E fazia o que queria
E sabia o que via
E via o que não queria:
Que ninguém pensa como eu,
Já ninguém olha para o céu.
Ninguém percebe o que eu penso
Digo, faço, sinto
Mostro, explico, exibo...
Não, não sou maluco
Mas, deixem-me em paz.
Deixa-me em paz.
Só quero é dormir.

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quarta-feira, novembro 25, 2009 - 17:18

Ministério da Poesia :

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ttabreu

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