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Leituras de uma vida

Assim
numa tarde qualquer
foram achados manuscritos
produzidos por alguém
que sofreu
e morreu
e deixou de ser
um ser

Por que naquela tarde?
era só
um momento de abatimento
repentino
e passageiro
e repetitivo
incabado

Retratavam a perspectiva de melhora
talvez

Bastou ler os trechos de maior sentimentalismo
que descreviam aquela vida
para perceber que
o fracasso é carrasco
daqueles que
lutam em vão
e
sempre que haviam batalhas
pessoas eram dizimadas por
desconhecerem a dor

A mesma dor que
só os fortes carregam
mas
cedo ou tarde
deixam de ser
um ser

Falam de rosas
jardins

São belos e comovente mas
limitados
os mundos de quem
não sabe se situar

Amorosos em todas as formas
e
quem fala do amor só
se refere a causa

Aqueles pensamentos constantes
inabaláveis

Mas
aquele que cita o amor desconhece
a essência
dessa tal
existência aparente
e
só os privilegiados a tocam
experimentam
para depois discutirem o sabor

Versos de todo tamanho
assim
numa vida qualquer revelada
por diversas visões de alguém
traduzidas
em folhas de papel
escritas

Como forma de passatempo
talvez
outra tarde foi preenchida

Músicas tristes
calor de dezembro
o sol será sempre
o mesmo
até nos dias frios

Nada muda
assume nova posição

E todas as coisas de uma vida
passam
na cabeça de quem é deprimido

Mas
amanhã
nunca
deixará
de nos
surpreender
com um
novo dia

Ainda me apego com
a alegria que me falta
e
quando a tiver
a trarei comigo

Então
serão achados mais manuscritos
intensos
e fabulosos
e duradoures
intermináveis

De autoria de um ser conhecedor
das diferenças

Pronto a ensinar derrotados
que
a vitória realmente existe

Submited by

domingo, janeiro 10, 2010 - 13:58

Ministério da Poesia :

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robsondesouza

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