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Na Morte do Dia

Sou um menino na palavra
Que brinca nas linhas do padecimento
Por outras línguas, não subo nem desço a escada
Mas porto-me como adulto no entendimento.

Eu, protesto que cada dia morri;
Comendo e bebendo, para amanhã voltar a viver
Pois, como Homem fui, como Homem combati...
Porque já os meus pecados acumularam até os poder...

Pois que, a palavra da promessa é esta:
Por este tempo virei e, o Mundo, terá um Filho e uma Besta.

Erguem-se as escadas lá fora
Por onde Breu vai descer...
Quão lento roda uma nora:
Que o crepúsculo vê morrer

Morre audaz e lentamente
Sem coragem de viver...
Abre-se aos olhos de toda a gente
Porque nasceu para morrer

Alaranja-se no horizonte rasgado,
Caíndo do outro lado do mar;
Despede-se de mim chocado
E chora, chora... Chora:
Quando Breu se faz chegar...

É a noite que o faz chorar
Desmaiando nas voltas da nora...
Por cada lágrima, uma pérola no olhar
E um sorriso, florido, em cada brilho de Aurora.

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quarta-feira, abril 14, 2010 - 17:45

Ministério da Poesia :

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antonioduarte

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