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GUADALUPE

A mi ahijada,
con amor y orgullo

Pasó el tiempo en que en silencio te pensaba,
un silencio silencioso como tu armonía,
pero en la callada observación de tu existencia
veía tu inflamada candela iluminando tu alma
con valores y virtudes que excedían,
toda ilusión y toda expectativa.

Mas ya ha pasado el tiempo del silencio
porque ha llegado el momento en que yo te cante.

No sólo mi amor, escondido en tímida modestia,
sino el orgullo desbordante de mi pecho.
Es que tu ser recatado y de humildad probada
no puede esconder ya ese áureo brillo
que se yergue al mundo desde tu alma pura
y de tu inteligencia esclarecida.

 

Publicado en "De la espera a lo esperado" diciembre 2011

Submited by

quinta-feira, dezembro 29, 2011 - 13:28

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Wences

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