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DEJÉ A TU RISA

Me cubría un musgo ceniciento
desluciendo mi existencia
y la escondía
como a una sombra gastada.

Mas supe que hay sombras que pueden
alumbrar sombras más oscuras
y que si el canto del zorzal madruga
abandonando lo protector del nido,
ocupará todos los espacios
y llenará todos los vacíos.

Y se levantaron mis brazos
plasmando el sentir del alma
y dejé a tu risa habitar mis horas.

 

Publicado en "De la espera a lo esperado" 2011

 

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quinta-feira, março 1, 2012 - 19:21

Poesia :

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Wences

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