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GOLONDRINAS

Hay golondrinas que no vuelven
como todas a anidar.
Otras moradas raptaron su vuelo.

Se iluminó el derrotero,
los cielos se acercaron y fueron
más altas las alturas.

El instinto de almas
de seres en quebranto
llevó a intuir el descanso deseado.

Se tocan las palabras y se miran,
ardores palpables que se buscan
para encontrar el beso.

Pero nada se apresura,
mientras los ojos se atraen
y todo se dilata sugestivamente.

Se suavizan los cuerpos
y se incendian las almas
al saberse  enamoradas.

Si esa golondrina no volvió a anidar,
se quedó en otro nido cercano
de especial y privativo amparo.®

Copyright© 2011
Todos los derechos reservados

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sexta-feira, junho 8, 2012 - 11:03

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Wences

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