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Sono

“Dormir? Fora de cogitação , não volto aquele mundo vazio, toda que vez que durmo fico vagando por um lugar escuro, eu não conseguiria ver um palmo a frente, nem que eu puxasse os olhos para mais perto ou forem arrancados de vez, já fez mais de mês que durmo e caio no limbo, apesar de estar lúcido que sonho, é sempre o mesmo sonho, e fico sem nada para fazer.”

   O chão é de cimento, áspero e gelado, tenho a leve impressão que conheço o lugar, é noite eu acho, não consigo ver muito, apenas uma porta sem porta, um vão vazio, sinto lufadas geladas vindo do corredor, sinto-me num mundo real, mas a consciência de que sonho é bem clara, a um filtro roxo no ar, sempre tem, é de leve,  como se fosse noite sempre, ao meu lado esquerdo sempre tem uma janela, lacrada com uma barra de ferro, como se trancasse o quarto de algum mal que vive lá fora, fechado as pressas, lá fora da apenas para se sentir alguns suspiros de vento.
Rápido demais, os sentidos vem a tona, o quarto torna-se um pouco mais claro, mas não menos sombrio e desconhecido; De supetão vejo um garoto parado a porta do quarto com a mão esquerda apoiada na parede olhando em minha direção sem nenhuma surpresa, um olhar frio, era a primeira vez que o sonho tinha mudado algo, havia um ser vivo nele agora, ele vira-se e vai embora pelo corredor que vai engolindo ele aos poucos, segui-lo é a minha primeira reação, até quero, mas o medo me prende, como se milhares de farpas e corpos estivessem a espreita prontos para me agarrar. O primeiro passo quase me rasga a perna do lugar, primeira vez que tento sair do quarto, é um passo e um cansaço enorme invadido meu corpo, mas não um corpo real, sinto apenas um cansaço mental, ao chegar na porta já me sinto mais do que ofegante, a língua está pronta para cair e ficar no chão, olho para minha direita e o corredor vai seguindo reto e hostil, cada passo me deixava mais cansado fisico e mentalmente, passando pelo corredor vejo varios outros quartos, igual o primeiro do qual eu sai, todos com uma cor diferente no ar, algums amarelo vivo, outros verde claro quase desaparecendo, é estranho, mas é como se tivesse um holofote de luz com potencia baixa e colorido a lapís hidrocor a fim de apenas mudar a cor da luz, apenas 20 longos passos depois no fim do corredor, uma unica porta entreaberta, uma porta de aparência fragil e detalhes rústicos na madeira, *BAAN!* , uma pancada seca dentro do quarto, apresso o passo, abro a porta e nada,  o garoto sumiu, mal vejo o que tem no quarto, algums vultos de objetos disformes tudo escurece e eu acordo.

- Interessante, diria: Muito interessante! - Fala admirado o psicanalista.
- Acho que sim -  Respondo
- Ah! veja a hora, a sessão acabou, nos vemos na próxima quinta então.

Me levanto e saio pela porta da frente.

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quarta-feira, novembro 7, 2012 - 00:55

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Rodrigo Mello

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