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ÉSTA ES ...

ÉSTA ES...

La carta que nunca escribí
ni pienso hacerlo cuando muera
en el recuerdo el ensueño al suspirar
las palabras gimiendo amarguras
del papel imagen ilusorio manantial
puro aire recogido que al suelo mece
y estremece a la tortura sin decirlo.

_____ ¡ Ésta es...! _____

Esa vez allí nacido espero el día
que templa al llanto acerbo aciago
las escenas de una aurora encadenada
en el pálido lamento sin nombre ahora
entre tanta mortífera ambición fácil
del disimulo más violento insolente
¡ Que encubre disuelve y destruye !

_____¡ Ésta es...Ésta es...!_____

La misma sed que inclemente exuda
por el feroz tirano de siniestra mano
enamorada de la espina y la mortaja
que del cielo baja su pico y garras
al corazón de los despojos del viento
conturbado del lastimero arrullo hoy
degollando a la sombra el vidrio roto.

___¡ Ésta es...Ésta es...Ésta es...!___

La desnudez profunda de la mina
azul sorprendido en la escalera
presa de la noche florecida
por el humo rudo de carreta
en los patos de cada sonrisa
con la mirada que el cobre habla
entre la leche café ágata eléctrica.

Autor : JOEL FORTUNATO REYES PEREZ

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terça-feira, junho 10, 2014 - 01:00

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