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CERCANÍA TEMPORAL

CERCANÍA  TEMPORAL

Una lágrima de viento
Cruzó por la ventana
Sin hablar sin sueño
Entre una noche de pestañas
De pañuelos de señuelos
Un silencio una tarde un recuerdo
Dejó sólo al reloj en cada nube
Nave que nieva fuego
Nadie que niega luego
La eternidad en un suspiro
En un latido en un papiro.

Agua tibia cuna lácteo arrullo
Sincero artífice virtuoso juego
Hábil fruta audaz absorta suerte
Delicada incólume natural recepción
Imborrable noche afable alba habla
Honesta manumisión franca lúcida
Imperiosa concordia suave dúctil
Recuerdo fervoroso inopinada lid
Satisfecho ardor rendija vigorosa
Explosión estrellas silencio lento
Consuelo esperanza tiempo diamante.

Con el pecho maltrecho estrecho
Ya camina corre vuela
Entre años meses días
Las alturas más profundas
Destejiendo los anhelos desnudando
Cada ala cada almohada cada amada
Como nadie nuca supo salva selva
En la piel de los segundos
Los minutos fueron horas
De ahoras de vientres de vientos
Un hueco sin tiempo vacío y dulce.

Autor: JOEL FORTUNATO REYES PÉREZ.

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quinta-feira, setembro 15, 2016 - 19:27

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