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LA PLUMA MUDA

De tanto escribir y escribir de cosas
todas las cosas fueron de mí lejos
y me dejaron cerca los reflejos
por si quiero escribir algunas prosas.

Sólo puedo mirar en los espejos
de mis versos, oscuros como glosas
letras idas sin sal en frases sosas
sin vida propia en fúnebres cortejos.

No puedo escribir ya sin repetirme
y me resisto así al dolor de herirme,
sólo al consuelo de leer lo escrito.

Porque las musas no darán su ayuda
y quedará mi pluma inerte y muda
incapaz ya de hablar o dar un grito.

De  mi libro "Del versar que sale del alma" 2014

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quarta-feira, outubro 25, 2017 - 11:43

Poesia :

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Wences

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