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ÓSCULO Y DEFLAGRACIÓN

ÓSCULO Y DEFLAGRACIÓN

Porque a la estampa estirpa
y a la estepa tapa
el corazón que atrapa
la comezón que trepa.
¡Vaya trapo de parcas pulgas!.
¡Vaya lienzo de lunas ralas!.

Orando están, al besar, los labios,
leve y silencioso un dulce beso,
dejando de nieve purísima la frente,
que se atreve al bien ajeno hurtar,
con amoroso empeño y cautelosa planta,
al sueño risueño y cándido semblante.

Sol bajo el rojo por la nieve rosa,
un veneno, la flor, una lágrima turbia,
miserable pluma como si fuera vuelo,
del rito al duelo, tierno y raudo,
sobrehumana, sobre la arena estalla,
de oración la choza como si fuera caza.

Nevada en otras flores funde al gemido,
de un ave el nido entibia tinto,
abierta la encontraron y de amargura llena,
de gacela ojos que volar anhelan,
y queman encadenando al tiempo,
que se agita y perece como el beso.

 

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sexta-feira, novembro 3, 2017 - 06:59

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JoelFortunato

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