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IRUYA

Más que en mi retina fue en la suya
que se grabó el abismo policromo
y el conjunto de cumbres encantadas
que raptó el aliento de los seres.

Quise otra vez ser yo del aire
y como ave acercarme a acantilados
que hacen que mi alma allí se incluya
ante tan imponente compostura.

¿Qué deidad pudo hacer de ti, Iruya,
ese esplendor colgando entre montañas
que marcó su vida y, que me instruya
en el recuerdo en tonos matizado?

Es que todos los aires y los cielos
se coligaron para que en ti confluya
la huida de las penas trastocadas
en un mítico ritual de incas, allí presentes.

Hemos llegado a asomarnos al abismo
para que el deseo en asombro así concluya,
desde ese lejano impulso en ti nacido
y en ti concluido ¡oh, bella Iruya!

Nada habrá que lo borre o sustituya.

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quinta-feira, dezembro 21, 2017 - 12:33

Poesia :

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Wences

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