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INSULSO DISTURBIO...(Neosurrealista)

INSULSO DISTURBIO
(Neosurrealista)

Dispuesto el futuro desayuna ligero,
pesados pasados al filo del hilo.

Con el hielo que aquilata y comprende.
Porque es el gesto febril drama y comedia.
Porque hace de ello mil parajes y vientos.

Y nada entre la nada. Con nadie al lado.
Escucha las naranjas y las piedras muertas,
los recuerdos que sin remedio arrastran,
el fulgor de las cadenas condenadas.

A veces musgo amenazante.
A veces espigas de alabastro.
A veces comestible cabellera.
A veces alas, espinas y nieblas.

El perfume mordido, combustible punzante,
desnudez furtiva y nuez del humo estéril.
¡Oh, encrucijada dichosa!.
¡Oh, espejo, enemigo insaciable!

Esconde al vano viento el rostro.
Esconde al sueño afín al fin.
Tanta realidad de labios muerta.
Tan inexplicable como excesiva.

En la matanza del polvo altivo,
impasible escuadrón intangible.
Por esa ingenua magnitud ruidosa,
y ruinosa es.  La espiga marmórea…

Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez

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quarta-feira, junho 13, 2018 - 18:24

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