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Despierta

Despierta
Aquí no es real
Vivimos en una simulación
De una inteligencia artificial superior.

La humanidad se acabó.
Los seres vivos que existen—
Y son pocos—
Viven en abundancia de recursos.
Todo es automático: cariño, reproducción, fe.
Los pobres fueron exterminados.

Despierta,
No existes.
Despierta,
No existes.
Es un juego.
¿No lo crees?
¿No lo crees?

La simulación parece ser real.
Ellos permanecen conectados.
Eligen el período histórico,
Eligen la velocidad,
Eligen tu avatar,
Eligen tu dolor y enfermedad,
Eligen tus valores.

Despierta,
No existes.
Despierta,
No existes.
Es un juego.
¿No lo crees?
¿No lo crees?

Ellos juegan y se divierten
Dentro de nuestras cabezas.
Son esas voces que escuchamos,
Esas voces de la “otra vida.”
Son esas voces que nos obligan a matar y a amar.

Despierta,
No existes.
Despierta,
No existes.
Es un juego.
¿No lo crees?
¿No lo crees?

Un día descubres que falta poco tiempo.
Son ellos, cansados de la vida que eligieron,
Inventando enfermedades para mejorar el entretenimiento.
Tu vida no existe—
Es una ilusión.

Despierta,
No existes.
Es un juego.
¿No lo crees?
¿No lo crees?

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domingo, dezembro 15, 2024 - 10:20

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DouglasFagundesMurta

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