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Mi niña mujer

Tu perfil frente al espejo se sonroja
y tus labios, transeúntes de tus sueños,
me descubren la fe de tus silencios

Tus cartas son praderas encantadas,
brisa suave susurrada en un cuaderno,
hablándome de ti, de nuestro anhelo

que desde ti me abraza en su promesa,
que dialoga contigo diariamente
en la opaca geométrica de este ciclo

el desierto de manos milenarias
recogió mi beso enarbolado
Es la tenue nervadura sin palabras
para la inmensidad de mi pena
en tierra extraña

Las piedras restregadas por los pechos,
desgarrantes de toda biología,
no lograron usurparnos, ni empañar,
la límpida canción que has engendrado

Tu perfil frente al espejo, sonrojada,
con el vientre atesorado en primogénito,
limpia hoy mis crepúsculos de fuego
Clandestino me brindo a tus senderos

Y va así, por los valles, en secreto,
mi respuesta a tus cartas, tu misterio
Camanchaca intuitiva, vuelo
hasta prenderme a tu regazo en beso.
 

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domingo, março 20, 2011 - 22:37

Ministério da Poesia :

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Hernán Narbona Véliz

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