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EXHUMO PARA TI

A través de mis pupilas, aún vivas,
reveo quién soy y entierro fallos
en la misma tierra que albergó
algún tiempo mis rodillas dobladas.

Quiero pasar inadvertido
-ya que sabes mis secretos-
y vivir lo feliz en permanencia
y no instantes de gloria que declinan.

Exhumo para ti de mi sueño primitivo
-sabiendo que me estás mirando-
llanuras tiernas para que recorras
al salir de tus estados incoloros
buscando en el cristal de las alturas.

Tal vez en nuestras formas
-tan diferentes, tan iguales-
podamos abrir las puertas
a la placidez definitiva.

 

Publicado en "De sentires y sentires" 2008

Submited by

quarta-feira, maio 18, 2011 - 00:21

Poesia :

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Wences

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