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LLAMAN A TU PUERTA

Candor de inocencia empecinada
que en esta alegre infancia se prolonga,
cimentada en madurez de base pétrea
sobre dolores y errores del pasado.
Frágil y expuesto el corazón poeta
como el vuelo leve de la mariposa,
pero fuerte y tenaz como la roca
enfrentando las crecientes más bravías.
Sencillo, musical, inquieto grillo,
juglar ignoto que canta sus vivencias,
silencioso también, bebiéndose la savia
que a su alma y amor nutre.

Llamando está a tu dolida puerta,
cerrada puerta de un picaporte solo.
Ábrele despacito... y en confiada entrega,
regálale tu llave.
 

Publicado en "De soles y de escarchas" 2004

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sexta-feira, maio 20, 2011 - 20:10

Poesia :

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Wences

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