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O veneno da flor
Fora somente um arpejar de coisas arriscadas
Desferidas numa brutalidade arranhante
De noite revolta,
De mares humanos.
O qual misturamo-nos e,
Atormentadamente tornamo-nos
Ondas desconexas
Um arpoar de tormenta
Para depois deprimir-se em
Arrependida ressaca
Brancas páginas de nossas vidas
Manchadas por tintas de crisântemo sangue
Por
Beijos elétricos
Mundo seu agora
Dum campo extenso...
Ab ab ab que sinto
Sinto sinto sinto de dor
Ensurda-me os olhos leves vapores esverdeantes.
Custa-me muito viver
E pagamos para não sobreviver.
O valor nunca é o suficiente
E então acordamos estando onde estávamos
Pungindo então com toda força
A fragilidade da carne e do coração.
Lágrimas e fogo são amplamente iguais
Chamas queimantes dessecantes,
Mas não limpe a sujeira do passado
E nem grite com pupilas dilatantes
Inspire todas as tristezas e sofrimentos do mundo.
És veneno veneno
És flor flor
És ab ab
Absinto de dor.
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Ministério da Poesia :
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