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POEMA SEM NOME

(Ao menino de em situação de rua)

O poeta escreve meu drama,
Mas parece que ninguém lê.

O pintor pinta meu quadro,
Mas parece que ninguém vê.

O ator encena minha vida,
Mas parece que ninguém assiste.

O cantor entoa minha tragédia,
Mas parece que ninguém ouve.

O músico toca meu sofrimento,
Mas parece que ninguém escuta.

O repórter fala de minha situação,
Mas parece que ninguém presta atenção.

O clero reza minha desgraça,
Mas parece que ninguém liga.

Os deuses dogmatizam minha existência,
Mas parece que ninguém crê.

Todos têm pena de mim,
Mas eu continuo nas ruas

E abandonado.

DANEM-SE!

Francisco Piedade

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sexta-feira, dezembro 4, 2009 - 21:03

Ministério da Poesia :

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Franciscopiedade

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