Quietinha? Não!

Quero ser o teu furacão,
entrar de rompante,
e arrebatar com um beijo o teu coração!

Soprar à porta do teu ouvido,
um vento ensurdecedor,
com o gemido tremido...

Escangalhar-te o corpo,
algemar-te,
ser a tua ventania,
e deixar-te quase morto,
com o cântico do amor,
numa verde pradaria...

Rasgar-te a pele!
Secar-te a boca,
desfalecer-te a alma aos pés...

Amor geme,
no meu seio de papel,
com lava incandescente,
enlouqueço-te a mente...

Molha-me a alma,
escorrega-me nos braços,
e com loucura,
na fresta do meu coração,
entrega-te à minha razão...

Paixão,
esta noite entro pela janela do teu beijo
e serei o teu furação!