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Saliência incondicional
No plano vou certo ao abandono
sem esperar derrame, o pólen.
.
A ligadura disfarça a ferida,
em transe.
.
Fermento baga em mosto endiabrado,
rio à gargalhada -
nu o espelho canta o fado.
Em compasso
saco a rolha à garrafa de vidro,
que o vinho está maduro.
.
Vou liberto,
em patinagem perfeita,
cuidar, bater frágil,
subir à foz de uma canção.
.
Que na planície vazia do meu corpo
És saliência incondicional
engarrafando as avenidas da minha face
com o doce eco do coração.
rainbowsky
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sexta-feira, março 19, 2010 - 22:20
Ministério da Poesia :
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