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Silêncio esdrúxulo

Espocar espirro de choro esparso
Gota específica gota
Que cruza um fino tilintar de sino,
Amarela mão do sol
Que tem sede
E bebe calor

Ausente minha tão recente
Piscadela de olho ressaqueado rosto
Puro poro epiderme pele
Macia sede destrutiva maciez
Abrindo caminho para o suave

Abre mente como se abre gaveta
Com dedos aprendendo tato

Um sorriso, um nome
Seus lábios, seus assassinatos
Custam um único pecado não cobrado
Tão consumado tal fato.

Alagar perfume
Em meio à esquina sozinha
Em meio ao luto vestido de mudo
No velório da paixão.
Desenhada em diferenças
Tão ofuscadas por dentes
Que não conhecem o amor

Usualmente vidros escondem-se
Em suas transparências
Nos cacos que furam olhos
E degolam pescoços

Cortando palavras das línguas...
Olho – vidro do corpo
Pescoço – porta da cabeça

Ao sol que não respira, não monta, não geme
Mecânico no som das garças que pairam
Sobre a areia
& o cais.

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terça-feira, dezembro 15, 2009 - 20:00

Ministério da Poesia :

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Alcantra

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