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TEMPOS DE IRA

o falar silenciado e palavras controladas
análise das canções mensagens cifradas
entremeio das notícias e falas truncadas

texto escrito relido reflexivo contido
dos sussurros de prisões hediondas
vivia-se espremia-se desconfiava-se

salas de aulas nada além das matérias
nos incultiam maravilhas verde-amarelas
disciplinas mantra da subserviência

greve anomalia social passível de subversão
generais e vozes pastosas olivas uniformes
paradas militares dias cívicos e obrigatórios

assim seguia meu País sob baionetas e fuzis
gerações atrofiadas silenciadas bestializadas
nos bancos escolares o bê a bá das censuras

realidades fabricadas manietada a imprensa
artistas,operários,marias,josés,putas, todos
viviam sob o guante da força bruta instalada

pouco se falava menos se escrevia
ruas casas teatros bares e escolas
medo nos dominava e enceguecia

se alguém soube demais ousou dizer
ninguém mais sabia aonde ele estava
e tudo era medonho tristonho militar

livros duplas capas
ocultos e suspeitos
leituras e segredos

terríveis hipocrísias funestos tempos ira
a nação esvaía-se esbaldava falsa moral
orgias e saques (c)omissões consentidas

sejam sepultados tiranos de todas as épocas
no estrito cumprimento de suas atrocidades
negam justiça,alheios à paz aniquilam vidas...

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sexta-feira, dezembro 18, 2009 - 15:46

Ministério da Poesia :

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EDILOYFERRARO

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